O porta-aviões chinês Liaoning partiu nesta terça-feira do porto de Qingdao, no litoral leste da China, para realizar uma missão de treino no Mar da China Meridional, ação que ocorre em um momento de grandes tensões com seus países vizinhos na região por disputas marítimas e territoriais.
É a primeira missão de ultramar da embarcação da armada chinesa, explicou o capitão Zhang Zheng em entrevista à agência oficial Xinhua.
A agência explicou que a manobra tem caráter rotineiro e já estavava programada anteriormente. Acompanham o "Liaoning" dois destróieres, o "Shenyang" e o "Shijiazhuang", e duas fragatas, a "Yantai" e a "Weifang", os quatro armados com mísseis.
A missão ocorre no meio de um novo conflito diplomático entre Pequim e Tóquio por causa da criação pela China de uma zona de defesa aérea que inclui as ilhas Diaoyu (Senkaku para os japoneses), administradas de fato pelo Japão mas que o regime comunista reivindica há décadas.
A missão da frota chinesa não se desenvolve em águas próximas a essa zona em conflito (Mar da China Oriental), mas os cinco navios as atravessam em sua viagem ao Mar da China Meridional, onde, por outro lado, a China tem outras disputas territoriais, neste caso com as Filipinas e Vietnã, pelas ilhas Spratly e Paracel.
Na missão, o porta-aviões chinês testará seu equipamento e suas tropas e provará a embarcação em diferentes condições meteorológicas, declarou o capitão.