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Terremoto no Haiti completa cinco anos e Brasil manifesta solidariedade

Em nota divulgada nesse domingo (11) à noite, o Itamaraty reafirma o sentimento de pesar e de solidariedade do governo e do povo brasileiro à população do Haiti, quando se completam cinco anos do terremoto de 2010, que deixou milhares de mortos, inclusive 18 brasileiros que se encontravam em Porto-Príncipe, a capital, em missão humanitária.

Lembrando Zilda Arns, "cuja vida de exemplar dedicação aos mais humildes foi cobrada pelo terremoto de 2010", o governo e o povo prestam homenagem aos brasileiros mortos na tragédia e a todos que há mais de uma década têm se engajado na ajuda solidária à população.

O comunicado acrescenta que neste momento de recordação e de renovação, o governo brasileiro apela ao povo haitiano a unir-se, por meio de suas instituições democráticas, em torno do projeto de consolidação de um Haiti democrático e próspero. "É essa união que permitirá a superação de tantos desafios que ainda se colocam para que o país possa garantir segurança e estabilidade aos seus cidadãos e um ambiente favorável às atividades econômicas, aos investimentos e à cooperação internacional que gerarão empregos, oportunidades e uma visão de futuro para todos".

De acordo com o texto, o governo brasileiro espera que as lideranças políticas e a cidadania haitiana encontrem rapidamente a fórmula que, dentro das regras da democracia, com pleno respeito à Constituição, permitam a rápida retomada dos esforços em benefício da nação.

"Na sua permanente solidariedade e no seu engajamento com a causa de um Haiti democrático e estável", o governo se coloca à disposição para ajudar no que estiver ao seu alcance, de acordo com a vontade soberana do povo e em consulta com os demais países parceiros e irmãos associados ao mesmo objetivo.

Há cinco anos, a FAB transportou mais de mil toneladas de carga e disponibilizou um Hospital de Campanha¹


Há exatos cinco anos, uma tragédia tomou conta do Haiti, quando um terremoto deixou cerca de 300 mil mortos e quase um milhão de desabrigados. No momento que toda a ajuda era fundamental, a Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou aviões de transporte para estabelecer uma ponte-aérea Brasil-Haiti de ajuda humanitária, além de enviar para Porto Príncipe (capital do país) um hospital de campanha com médicos e enfermeiros.

Mais de mil toneladas de carga foram levadas ao Haiti, 2.718 passageiros foram transportados e 16.011 atendimentos foram realizados no hospital de campanha da FAB.

Algum tempo após o terremoto, os aviões da FAB continuaram a rotina freqüente de voos entre Porto Príncipe e Rio de Janeiro. O C-130 Hércules, avião mais utilizado para o traslado na época, pousou diversas vezes no país com os compartimentos de carga sempre lotados de comida, remédios, colchões e outros gêneros básicos.

Na época, a revista Aerovisão realizou uma matéria especial sobre a tragédia. “É uma missão muito emocionante”, esse foi o tom da maioria dos depoimentos dos pilotos que participaram da operação.

“Devemos agradecer a todo o apoio dos brasileiros por aqui. apesar de tudo, o povo haitiano respira esperança por ajuda de povos irmãos, como os brasileiros. São sempre boas notícias aquelas que vêm da pista de pouso”, disse na época o então presidente do Haiti, René Preval.

¹ – Com Agência Força Aérea (FAB)

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