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Temer autoriza entrada de tropas das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios

Nota

Atualizado 22:00 Incluída Nota Presidência

O Editor

O presidente da República, Michel Temer, autorizou a entrada na Esplanada dos Ministérios de tropas das Forças Armadas para uma "ação de garantia da lei e da ordem", informou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, nesta quarta-feira.

De acordo com o ministro, as tropas serão usadas para proteger o Palácio do Planalto, o Itamaraty, o Congresso e os prédios dos ministérios.

“O presidente da República faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna, o descontrole e não permitirá que atos como esse venham a turvar o processo que se desenvolve de forma democrática”, disse Jungmann.

Jungmann disse ainda que a decisão de Temer foi tomada em resposta a um pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e levou em conta que a manifestação, que deveria ser pacífica, “degringolou para a violência, o vandalismo e o desrespeito, a ameaça às pessoas e destruição do patrimônio público”.

 

Nota da Presidência da República

As manifestações ocorridas em Brasília nesta data, como largamente apresentado aos meios de comunicação, produziram atos de violência e vandalismo que, lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios nesta capital federal.

Diante de tais circunstâncias, o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da Esplanada e proteger o patrimônio público, tal como foi feito anteriormente em vários Estados brasileiros. Restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado.

O Presidente da República ressalta que não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário.

Facsimile do Decreto de Operação de Garantia da Lei e da Ordem em Brasília, publicação extra do Diário Oficial (DOU) 24 Maio 2017.

Vandalos quebram vidraças, paradas de ônibus e orelhões em protesto em Brasília¹

Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra em meio à manifestação contra o governo do presidente Michel Temer em Brasília após a Polícia Militar dispersar parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

O grupo destruiu persianas e vidraças de pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Este último havia sido cercado por tapumes, mas, mesmo assim, teve os vidros quebrados.

Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.

Em frente ao Ministério do Planejamento, no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, o grupo de manifestantes mascarados ateou fogo em um orelhão e em cerca de 10 bicicletas de uso compartilhado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, no início da tarde, cerca de 25 mil pessoas participavam da manifestação.

Ministério da Fazenda

Do outro lado da Esplanada, um manifestante quebrou a vidraça do comitê de imprensa do Ministério da Fazenda. Os manifestantes corriam para se afastar da área em frente ao Congresso Nacional, onde as forças de segurança jogavam bombas de efeito moral. Ao passar pelo edifício do ministério, um deles atingiu a vidraça com o cabo de uma bandeira.

Mesmo com o vidro quebrado, os manifestantes não conseguiram entrar no prédio, já que há grades de segurança na janela. Na sequência da ação, membros da Força Nacional de Segurança Pública formaram um paredão e permanecem na lateral do prédio. Os funcionários do Ministério da Fazenda foram obrigados a deixar o prédio.

Representantes das principais centrais sindicais protestam hoje (24) contra as reformas da Previdência e trabalhista. Eles também pedem a saída do presidente da República, Michel Temer. Em razão do protesto, toda a Esplanada foi fechada para a circulação de carros. Os servidores que vieram trabalhar nesta quarta estacionaram e entraram pelos anexos dos prédios.

¹com EBC

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