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Taiwan aciona caças após sobrevoo de 18 aviões chineses durante visita norte-americana

Taiwan acionou caças, nesta sexta-feira, depois que 18 aeronaves chinesas sobrevoaram a ilha, cruzando a instável linha média do Estreito de Taiwan, em reação à visita de uma autoridade de alto escalão dos Estados Unidos para conversas em Taipé.

A China já havia anunciado exercícios de combate e criticado o que classificou como um conluio entre a ilha, que reivindica como parte de seu território, e os EUA. O subsecretário de Assuntos Econômicos norte-americano, Keith Krach, chegou a Taipé na quinta-feira para uma visita de três dias.

Ele é o funcionário mais graduado do Departamento de Estado a visitar Taiwan em quatro décadas, ao que a China prometeu dar a “resposta necessária”.

A China vem acompanhando cada vez mais alarmada o estreitamento da relação entre Taipé e Washington, e intensificou exercícios militares perto da ilha, o que incluiu dois dias de manobras aéreas e marítimas de larga escala nesta semana.

Taiwan disse que 18 aviões chineses se envolveram nesta sexta-feira, muito mais do que em aparições anteriores do tipo. O governo local mostrou um mapa da rota de voo dos aviões chineses na linha média do Estreito de Taiwan, que aeronaves de combate dos dois lados normalmente evitam atravessar.

O jornal taiwanês Liberty Times disse que caças de Taiwan foram acionados 17 vezes ao longo de quatro horas, alertando a Força Aérea chinesa a manter distância.

O jornal também mostrou uma foto de mísseis sendo instalados em um caça F-16 na base aérea de Hualien, no litoral leste de Taiwan.

China diz que dará "resposta necessária" a visita de autoridade dos EUA a Taiwan

A China dará a “resposta necessária” a uma visita do subsecretário de Assuntos Econômicos dos Estados Unidos, Keith Krach, a Taiwan, que Pequim reivindica como seu território, e apresentou uma queixa a Washington, disse o Ministério das Relações Exteriores do país nesta quinta-feira antes da chegada do funcionário.

Krach, que chegou a Taipé na tarde local desta quinta-feira, está em Taiwan para uma homenagem póstuma ao ex-presidente Lee Teng-hui, que era reverenciado por muitos da ilha e do mundo por ser considerado o pai da democracia de Taiwan, no sábado.

Krach deve se encontrar com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, na sexta-feira.

Sua visita vem na esteira de outra feita no mês passado pelo secretário da Saúde dos EUA, Alex Azar, a autoridade norte-americana mais graduada a viajar à ilha democrática em quatro décadas.

Falando em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, disse que seu país registrou “representações severas” junto a Washington a respeito da viagem de Krach e que se opõe a qualquer interação oficial entre os EUA e Taiwan.

A visita dará alento às forças independentistas de Taiwan e prejudicará os laços entre China e EUA, disse Wang.

“Exortamos o lado dos EUA a reconhecer plenamente a sensibilidade extrema da questão de Taiwan. A China dará a resposta necessária dependendo de como a situação transcorre”. Ele não deu detalhes.

As relações entre China e EUA se deterioraram nos últimos meses devido a desentendimentos a respeito de Taiwan, comércio, direitos humanos, a pandemia de coronavírus e outras questões.

A China vê a presidente de Taiwan como uma separatista perigosa. Ela diz que a ilha já é um país independente chamado República da China, o nome formal de Taiwan.

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