Um tribunal sul-coreano condenou a seis meses de prisão um jovem que, no final de seu serviço militar, colocou seu fuzil em uma máquina de lavar e ligou o eletrodoméstico, informou o Ministério da Defesa de Seul.
Desobedecendo as ordens de seu superior em novembro do ano passado, este soldado de 22 anos identificado como Choi lavou seu Daewoo K2 na máquina durante cinco minutos, disse à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa.
Durante o julgamento, que aconteceu em um tribunal civil de Seul, Choi confessou que pôs sua arma na máquina porque seu superior lhe ordenou que limpasse a arma um dia antes de finalizar seu serviço militar obrigatório em um batalhão de artilharia da capital.
"Este incidente feriu a dignidade dos soldados de sua unidade e dos demais membros" das Forças Armadas, afirmou em sua decisão o juiz, que também impôs ao ex-soldado 80 horas de serviços comunitários.
A pena de seis meses de prisão fica pendente durante dois anos, o que significa que Choi retornará automaticamente para a prisão se voltar a cometer uma infração similar. A decisão do juiz reconhece, em todo caso, que "o acusado lamenta o que fez e foi liberado do serviço militar após completar seu período de serviço".
Choi pediu perdão no julgamento por sua má conduta e negou, através de gestos com a cabeça, quando foi perguntado se apelaria da decisão do tribunal, segundo o Ministério da Defesa.
Todos os homens sem deficiência são obrigados a realizar o serviço militar durante dois anos na Coreia do Sul, país tecnicamente em guerra com Coreia do Norte desde o conflito da década de 1950, que terminou com um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.
A sociedade sul-coreana considera o serviço militar como um assunto de grande importância, por isso que qualquer falta de respeito à instituição militar é considerada como um erro muito grave.