O soldado Bradley Manning, condenado por fornecer arquivos secretos para o WikiLeaks, no maior vazamento de dados sigilosos na história dos EUA, pode romper um longo silêncio nesta quarta-feira, na conclusão da fase de definição da sentença.
Manning, 25 anos, pode ser condenado a até 90 anos de prisão por fornecer mais de 700 mil arquivos, vídeos de batalhas e comunicados diplomáticos para o WikiLeaks, uma organização que trabalha pela transparência governamental e corporativa.
O advogado David Coombs deve concluir na quarta-feira seus argumentos por uma pena leniente, após convocar uma dúzia de testemunhas. A juíza da corte marcial, coronel Denise Lind, pode sentenciar Manning imediatamente depois disso.
O soldado não disse quase nada desde que começou a ser julgado, em 3 de junho. Um porta-voz militar disse, no entanto, que seus advogados devem ler um comunicado à corte nesta quarta-feira. Não se sabe o teor do texto.
Essa seria a primeira declaração pública de Manning desde o final de fevereiro, quando leu uma declaração de 10.000 palavras em uma audiência pré-julgamento.
O soldado disse à época que tinha a esperança de desencadear um debate público sobre a política externa e militar dos EUA ao divulgar os dados para o WikiLeaks, enquanto servia no Iraque.