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Sequestro na Nigéria: Líderes africanos declaram ‘guerra’ contra Boko Haram

O encontro em Paris reuniu o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, os presidente de Benin, Camarões, Niger e Chade, além de representantes do Reino Unido, dos Estados Unidos e da União Européia.

"Estamos aqui para declarar guerra ao Boko Haram", disse o presidente de Camarões, Paul Biya.

Anfitrião do encontro, o presidente francês François Hollande disse que os líderes ali presentes concordaram com um "plano de reação global e regional" ao Boko Haram.

Os países do continente trocarão informações e realizarão ações conjuntas contra o grupo. A vigilância das fronteiras e a presença militar na região também serão intensificadas.

Sequestro

Milhares de pessoas foram assassinadas pelo Boko Haram nos últimos anos.

Sua ação mais notória ocorreu em 14 de abril, quando sequestrou 223 meninas e adolescentes no nordeste da Nigéria, onde o grupo é baseado.

O Boko Haram divulgou um vídeo no início desta semana em que aparecem 100 das reféns. O grupo exige a libertação de membros do grupo presos pelo governo para devolvê-las.

O presidente Jonathan se nega a negociar, segundo as autoridades nigerianas.

Novos ataques

Novos ataques de sua autoria foram realizados na última noite em Camarões e na Nigéria.

Supostos militantes do grupo atacaram um acampamento de uma empresa de engenharia chinesa no norte de Camarões, próximo à fronteira com a Nigéria.

Segundo relatos, dez funcionários chineses foram sequestrados. As autoridades informaram que um soldado camaronense foi morto.

Já na Nigéria, 11 pessoas foram mortas em um ataque a uma vila próxima da fronteira com Camarões. Um parente de uma das vítimas disse que uma mulher e uma criança estão entre os mortos.

'Grande ameaça'

Hoje mais cedo, o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, já havia adiantado que a cooperação internacional seria necessária para lidar com o grupo.

Hollande disse antes da reunião de hoje que o Boko Haram é uma "grande ameaça ao oeste e o centro da África".

Ainda afirmou que o grupo tem ligações com o braço norte-africano do grupo terrorista Al-Qaeda e outras organizações extremistas.

Mark Doyle, correspondente de desenvolvimento internacional da BBC, acrescenta que o grupo é uma ameaça internacional que atrai não só militantes da Nigéria como de outros países vizinhos.

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