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Rússia vai ter base naval permanente na Síria

A Marinha russa transformará suas instalações no porto de Tartus, noroeste da Síria, em "base naval permanente", anunciou nesta segunda-feira o vice-ministro da Defesa, Nikolaï Pankov.

"Teremos na Síria uma base naval permanente em Tartus", disse Pankov, citado pelas agências russas.

"Estamos preparando os documentos necessários", acrescentou ante a comissão de Relações Exteriores do Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento.

Um total de 4.300 militares russos estão mobilizados na Síria, onde ocorre uma sangrenta guerra civil.

Mais de um ano depois do início da intervenção militar, a Rússia continua reforçando seu dispositivo, embora o presidente Vladimir Putin tenha anunciado em março que retirava uma parte do contingente.

O Kremlin ordenou recentemente a mobilização de baterias de defesa antiaérea S-300 para completar seu dispositivo em Tartus.

A Rússia tem uma base aérea em Hmeimim, perto de Latakia (noroeste), desde o fim de agosto de 2015.

Os deputados russos ratificaram na semana passada um acordo com Damasco para a mobilização "por uma duração indeterminada" das forças aéreas russas no aeródromo militar de Hmeimim, que passou para jurisdição russa após a assinatura de um convênio entre os dois países.

Este anúncio é feito em um contexto de tensão entre Moscou e Washington, após o fracasso de uma trégua na Síria que durou uma semana em setembro.

Presidente russo diz que está disposto a reduzir produção de petróleo

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira que seu país, que não é membro da Opep, está disposto a se unir às medidas do cartel para limitar a produção de petróleo, já que, a seu entender, esta é a única maneira de equilibrar o mercado atual de preços baixos.

"Na atual situação, acreditamos que congelar ou reduzir a produção de petróleo é a única maneira de preservar a estabilidade do setor energético e acelerar o reequilíbrio do mercado", afirmou Putin no Congresso Mundial de Energia, que acontece em Istambul.

"A Rússia está preparada para se unir às medidas conjuntas para limitar a produção", acrescentou.

Por sua vez, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que também participa desta reunião, pediu nesta segunda-feira um preço do petróleo mais justo, e ressaltou que a Opep e os outros países produtores que não integram o cartel precisam criar um "novo mecanismo" para garantir um aumento do preço do petróleo.

Os "investimentos petrolíferos foram afetados nos últimos dois anos por um sistema de estabelecimento de preços que, sem sombra de dúvidas, desestabilizou o mercado e abateu os preços a níveis não sustentáveis", disse Maduro.

"Os preços do petróleo são os mais baixos em 40 anos", insistiu, ressaltando que "em alguns casos estiveram inclusive abaixo dos custos de produção".

Segundo Maduro, a indústria do petróleo precisa de "preços realistas e justos (…) que permitam os investimentos".

"Neste congresso chegou a oportunidade para que os países produtores de petróleo da Opep e não Opep definitivamente entrem de acordo em uma rota para estabilizar o mercado petrolífero e alcançar preços realistas e justos", ressaltou.

Ao se referir a uma reunião informal de ministros de Energia de países da Opep marcada para quarta-feira, e que pode contar com a participação da Rússia, Maduro disse que espera que possa ser "alcançado um acordo que abra a oportunidade de demonstrar que é possível uma nova aliança de produtores de petróleo".

Ao término de várias semanas de negociações, a Opep havia decidido em 28 de setembro, em um acordo histórico, baixar sua produção para sustentar os preços, afetados por um excesso de oferta.

A Rússia, enquanto país não membro do cartel, havia na época se recusado a reduzir seus níveis de produção, que alcançaram níveis recorde em setembro, superando os 11 milhões de barris diários.

No entanto, a decisão da Opep gerou uma tendência à alta nos mercados de petróleo, também encorajada pela declaração desta segunda-feira de Putin de querer se somar às medidas para limitar a produção de petróleo.

O preço do barril de Brent alcançou nesta segunda-feira em Londres seu nível mais alto em um ano, a 53,60 dólares, um preço inédito desde outubro de 2015.

O petróleo também abriu em alta em Nova York, e às 10h00 de Brasília, a cotação do barril do referente, o "light sweet crude" (WTI) para entrega em novembro ganhava 76 centavos, a 50,57 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Leia também:

Rússia cogita reativar bases militares no Vietnã e em Cuba [Link]

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