O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta quarta-feira que levou dois bombardeiros Tu-160, de capacidade nuclear, para uma região no extremo leste russo, próxima ao Alasca, como parte de um exercício de treinamento.
O jornal do governo russo Rossiiskaya Gazeta disse em seu site que o voo demonstra a habilidade de Moscou de alocar bombeiros nucleares a uma distância de 20 minutos de voo dos Estados Unidos.
O Ministério da Defesa disse em nota que os aviões percorreram uma distância de mais de 6 mil quilômetros de sua base original, no oeste da Rússia, até Anadyr, na região Chuktoka, que está de frente para o Alasca.
Noruega detecta iodo radioativo junto à fronteira russa dias após explosão
A agência de segurança nuclear da Noruega está analisando quantidades minúsculas de iodo radioativo detectadas no ar no norte do país nos dias seguintes a uma explosão fatal ocorrida durante um teste de motor de foguete na fronteira com a Rússia.
No sábado, a agência nuclear estatal russa, Rosatom, disse que as cinco pessoas mortas pela explosão eram seus funcionários e que o acidente envolveu “fontes de energia de isótopo”, sem dar maiores detalhes.
A agência de radiação e segurança nuclear norueguesa DSA disse ter detectado o iodo radioativo em sua estação de filtragem de ar de Svanhovd, que fica junto à fronteira russa. Um rio separa os dois países.
As amostras foram coletadas entre 9 e 12 de agosto, e o acidente na região de Arkhangelsk, no norte russo, aconteceu no dia 8 de agosto, disse.
“No momento não é possível determinar se a última detecção de iodo está ligada ao acidente da semana passada em Arkhangelsk. A DSA continua fazendo coletas de amostras e análises mais frequentes”, informou a agência.
Tais medições de radiação não são incomuns na Noruega, já que suas estações de monitoramento detectam iodo radioativo de seis a oito vezes por ano e a fonte normalmente é desconhecida.