Briefing do Ministério da Defesa da Rússia
Major-General Igor Konashenkov
Ministério da Defesa – 16 de abril de 2018 – Moscou
Como foi anunciado, o Ministério da Defesa da Rússia analisou a eficácia do ataque com mísseis e bombas feito pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França na Síria, bem como ações das unidades de defesa aérea sírias.
Deve ser lembrado que em 14 de abril, das 3:42 às 5:10 horas (Hora Local), diferentes alvos da República Árabe da Síria foram atacados por mísseis de cruzeiro lançados desde aeronaves ou navios dos Estados Unidos e aliados.
Os ataques de mísseis de cruzeiro foram realizados nas áreas do Mar Mediterrâneo e Golfo Pérsicoo e de al-Tanf, controlados ilegalmente pelas tropas dos EUA.
Sistemas de radar da República Árabe da Síria rastrearam 103 alvos aéreos.
De acordo com declarações oficiais feitas por representantes de departamentos militares dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, todos os ataques foram direcionados a três alvos sírios. Portanto, cada alvo foi visado por 30 ou mais mísseis de cruzeiro e mísseis ar-terra.
No entanto, tais declarações causam grande ceticismo.
O fato é que todos os alvos sírios declarados como alvos não são subterrâneos ou bem protegidos por sistema de defesa antiaérea escalonado em bunkers.
Como pode ser visto claramente em imagens espaciais espalhadas pela mídia ocidental, estas são construções comuns na superfície.
Deve ser lembrado que, por exemplo, a ogiva do míssil de cruzeiro Tomahawk, dependendo do tipo, carrega até meia tonelada de carga explosiva.
Portanto, não seriam necessários mais de 10 mísseis para cada um dos três alvos, a fim de destruí-los por quaisquer métodos de cálculo, levando em consideração a tripla sobreposição para a sua destruição garantida.
A pesquisa do território dos locais afetados nos assentamentos sírios de Barza e Jaramana confirma esses cálculos.
Como pode ser visto na fotografia da instalação na área de Barza, a natureza da destruição como resultado de um ataque com mísseis não corresponde à escala de destruição do uso de três dezenas de mísseis de cruzeiro.
Além disso, o levantamento do território desse e de outros objetos não revelou nem um grande número de fragmentos e fragmentações de munição, nem um número correspondente de crateras de impacto.
Agora existe uma situação real.
Alvos reais dos ataques feitos pelos EUA, Grã-Bretanha e França em 14 de abril não foram apenas os de Barza e Jaramana, mas também bases militares sírias, incluindo Bases Aéreas.
O Exército Árabe Sírio usou os sistemas de defesa aérea: S-200, S-125, Osa, Kvadart, Buk e Strela para repelir este ataque com mísseis. (Veja a tabela abaixo)
Deve-se ressaltar que os sistemas foram projetados na época da União Soviética e muitos produzidos há mais de 40 anos.
As tropas do governo também usaram ativamente o sistema de defesa aérea Pantsir-S, fabricado na Rússia, que havia sido recebido pelas forças sírias recentemente.
Este sistema durante a batalha antiaérea mostrou quase 100% de eficiência.
Pantsir-S – Desfila em Moscou na Praça Vermelha. Segundo informe russo quase 100% de eficiência.
Deve-se ressaltar que o sistema de defesa aérea síria foi organizado com base no princípio da defesa de alvos. Quase todos os alvos protegidos pelos sistemas de defesa aérea repeliram o ataque.
No total, os sistemas sírios de Defesa Antiaérea eliminaram 71 mísseis de cruzeiro de 103 mísseis rastreados.
Quatro mísseis apontavam para o Aeroporto Internacional de Damasco;
12 mísseis – o aeródromo de Al-Dumayr, todos os mísseis foram abatidos;
18 mísseis apontavam para o aeródromo Blai, todos os mísseis abatidos;
12 mísseis apontavam para a base aérea de Shayrat, todos os mísseis abatidos;
Dois mísseis apontaram para o aeródromo de Tiyas, todos os mísseis derrubados;
Cinco dos nove mísseis foram abatidos contra o aeródromo desocupado de Mazzeh;
Treze dos dezesseis mísseis foram abatidos contra o aeródromo de Homs.
Não há destruição pesada.
Quase 30 mísseis e munições ar-terra guiadas foram lançadas contra alvos dos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento localizados perto de Barza e Jaramana. Cinco deles foram atingidos pelos sistemas sírios da Defes Aérea.
No total, os sistemas de defesa aérea síria dispararam 112 mísseis de defesa aérea.
Sistema |
Disparos |
Alvos Abatidos |
Pantsir S |
25 |
24 |
BUK |
29 |
24 |
OSA |
11 |
5 |
S-125 |
13 |
5 |
Strela-10 |
5 |
3 |
Kvadrat |
21 |
11 |
S-200 |
8 |
0 |
Total |
112 |
72 |
Nota DefesaNet – Estes número dão uma eficiência de 64% no total
Acrescente-se que ninguém deve ser iludido pelos baixos resultados obtidos pelos sistemas de mísseis de defesa aérea S-200.
Este sistema é projetado principalmente para atingir aeronaves. No entanto, este sistema derrubou um caça de um país vizinho. A aeronave estava invadindo o espaço aéreo da República Árabe da Síria.
Os sistemas de detecção e rastreamento mostraram uma eficiência muito alta, apesar da alta velocidade dos alvos e da seção de radar extremamente pequena.
Nota DefesaNet
Embora mencionados mísseis de cuzeiro Tomahawk outras munições foram usadas.
1 – Estados Unidos
Míssil de Cruzeiros Tomahawk lançados desde navios e submarinos no Mediterrâneo
Lockheed Martin Joint Air-To-Surface Standoff Munition (JASSM-ER), AGM-158B JASSM-ER disparado desde bombardeiros B-1B Lancer baseados na Base de Al-Udeid, no Catar..
Aeronave Bombardeiro B-1B Lancer
2 – França
Disparou 9 SCALP-EG mísseis de cruzeiro e três 3 McCN desde uma fragata FREMM
Aeronaves Rafale e Mirage 2000-5
3 – Inglaterra
6 Typhoon e 8 Tornados GR4
Rafale na Base Aérea 113 Saint Dizier, com mísseis de cruzieor SCALP – EG. Uma operação de 10 horas entre a decolagem e o pouso.