Em seis anos a China vai superar os Estados Unidos e se tornar a primeira economia mundial. É o que prevê um relatório produzido pela Academia Chinesa de Ciências divulgado hoje em Pequim. As conclusões do relatório são citadas nesta quarta-feira no jornal Global Times, próximo do Partido Comunista Chinês. O jornal não dá detalhes sobre os critérios utilizados nas projeções.
Além de superar a economia americana em 2019, tornando-se a potência n° 1 do mundo, a China conservará esse "status internacional" por 30 anos, até 2049, data do centésimo aniversário de fundação da República Popular, diz o documento.
A China também seria o 11° país com melhor saúde econômica do mundo em um ranking de cem nações liderado pela Suécia, logo atrás da Costa Rica. Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha aparecem com saúde econômica deficiente, segundo a agência oficial Xinhua, que também divulgou o relatório.
Um especialista em denunciar fraudes no meio científico chinês, Fang Zhouzi, acha que este estudo é um indicativo do sentimento anti-americano na sociedade chinesa. O relatório trata os Estados Unidos como uma ameaça potencial à China e reforça as ambições nacionalistas do país para superar os Estados Unidos, avalia o especialista consultado pelo Global Times.
Outras projeções internacionais estimam que o PIB da China vai ultrapassar o dos Estados Unidos em algum momento até 2050, porém será difícil os chineses alcançarem a renda per capta dos americanos com uma população de 1,3 bilhão, contra 315 milhões nos Estados Unidos.