A BORDO DE AVIÃO MILITAR (Reuters) – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, no mais recente desafio de Washington contra a reivindicação chinesa de território no Mar do Sul da China, disse que a escala das atividades de Pequim, e não dos EUA, estava alterando o status quo na região.
Carter, no início de uma viagem de 10 dias à Ásia, disse a repórteres que os EUA estavam tentando manter uma estrutura compartilhada da segurança regional que levou "prosperidade para todo mundo" nos últimos 70 anos.
"Temos sobrevoado o Mar do Sul da China há anos e anos, e… continuaremos a fazer isso: voar, navegar, operar. Esse não é um fato novo", disse Carter.
"Os novos fatos são a reivindicação (territorial) e a escala com a qual isso está sendo feito, e esse não é um fato norte-americano, é um fato chinês", disse ele.
Os EUA têm publicamente denunciado, nas últimas semanas, a construção chinesa de ilhas nas contestadas Ilhas Spratly.
Carter pediu pelo fim dos trabalhos de reivindicação territorial executados pela China e outros países nesta quarta-feira e por uma paralisação na militarização da disputa territorial.
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Chancelaria chinesa quer que EUA parem com as provocações¹
Dias atrás, o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano reafirmou que os EUA irão continuar as ações de reconhecimento nas ilhas Nansha da China, para defender a liberdade de navegação e voo internacional. Na coletiva de imprensa realizada hoje (27) em Beijing, a porta-voz da Chancelaria chinesa, Hua Chunying, declarou que a rota realizada pelo avião militar norte-americana poderia provocar facilmente um acidente. Ela deseja que os EUA parem com as palavras e os atos irresponsáveis.
"Não queremos que a liberdade de navegação se torne um pretexto para prejudicar o direito legítimo e a segurança de navegação. Desejamos que os EUA sejam responsáveis, racionais e parem com as provocações , para assim, defender verdadeiramente a paz e estabilidade no Mar do Sul da China," disse Hua Chunying.
Na mesma ocasião, Hua falou também sobre a construção da China nas ilhas Nansha. Ela disse: "A tensão atual no Mar do Sul da China não tem haver com a construção chinesa na região. A obra é legítima, razoável e corresponde à realidade do país. A fonte de disputa de Nansha se deu porque alguns países ocuparam ilegalmente as ilhas, e assim, desafiaram a soberania das ilhas Nansha e a questão de direitos marítimos nas proximidades.
¹com China Radio International.CRI
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Denise Melo