O presidente da Rússia, Vladimir Putin, supervisionou nesta sexta-feira as maiores manobras militares do país, chamadas Cáucaso-2020, das quais também participam tropas de China e Irã, entre outros países.
Putin está supervisionando os exercícios no complexo militar de Kapustin Yar, na região de Astrakhan, banhada pelo Mar Cáspio.
Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior do Exército russo, mostrou a Putin o veículo de apoio e combate Terminator, que tem quatro lançadores de mísseis Ataka.
Os exercícios, que a Ucrânia considera uma ameaça à sua segurança, também contaram com a estreia do lançador de mísseis TOS-2, que foi mostrado em público pela primeira vez neste ano no desfile militar pelo Dia da Vitória.
Os sistemas antiaéreos S-400 e as baterias de mísseis táticos Iskander também entraram em ação, enquanto os fuzileiros russos desembarcaram na costa do Daguestão, no Mar Cáspio.
Acompanhado pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigou, o chefe do Kremlin presenciou o voo dos helicópteros Mi-24, Mi-8 e Mi-26 e conferiu operações de mais de mil soldados aerotransportados.
Além das 80 aeronaves, os bombardeiros estratégicos Tu-22 realizaram vários ataques contra alvos no solo durante os exercícios.
Hoje, as forças especiais do Paquistão, convidadas para as manobras junto com as de Belarus, Armênia e Mianmar, China e Irã também participaram, enviando mais de mil soldados.
No total, quase 80 mil pessoas estão participando dos exercícios terrestres, aéreos e marítimos – incluindo soldados, guardas nacionais e tropas de emergência – que são acompanhados por 70 adidos militares estrangeiros.
Por sua vez, a Otan manifestou preocupação com a realização de manobras em território de Belarus, coincidindo com protestos contra o governo do país.
Já o Ministério da Defesa russo anunciou que as tropas do país começaram hoje a deixar o território bielorrusso por via ferroviária.
Putin propõe aos EUA trocar garantias de "não interferência" em eleições
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs nesta sexta-feira aos Estados Unidos uma troca de garantia de "não interferência" nos assuntos eleitorais de ambos os países, incluindo o uso de tecnologias da informação, informou o Kremlin.
Em comunicado divulgado no site da presidência, Putin pediu que o governo americano "reinicie" as relações na área de segurança da informação, listando as medidas que os dois países devem tomar.