O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, anunciou a disposição de realizar um referendo sobre a adesão de seu país à OTAN, durante uma entrevista com o jornal alemão Berliner Morgenpost.
Quatro anos atrás, 16 por cento da população da Ucrânia apoiava a adesão à OTAN, agora são 54 por cento. Como presidente eu atendo à opinião do meu povo, e celebrarei um referendo sobre a adesão à OTAN", disse ele.
Segundo o presidente, "se os ucranianos votarem a favor, farei todo o esforço para conseguir a adesão à Aliança do Atlântico Norte", acrescentou.
Em dezembro de 2014, o Parlamento ucraniano alterou a legislação nacional, renunciando ao estatuto de país não-alinhado; a nova doutrina militar da Ucrânia estipula a retomada do caminho para a adesão à aliança militar ocidental.
Kiev comprometeu-se a assegurar, até 2020, a plena compatibilidade das suas Forças Armadas com as forças da OTAN e, em dezembro passado, assinou em Bruxelas um "roteiro" em matéria de cooperação militar com o bloco.
Produção de armas de acordo com padrões OTAN
O consórcio estatal ucraniano Ukroboronprom, em conjunto com a empresa americana Aeroscraft, planeja produzir armas de assalto com base nos padrões da OTAN. O primeiro projeto será o fuzil M16, informou na terça-feira (3) o serviço de imprensa do consórcio ucraniano.
"A estatal Ukroboronservis, que integra o consórcio Ukroboronprom em conjunto com a empresa americana Aeroscraft, vão produzir armas na Ucrânia segundo os padrões da OTAN, o primeiro projeto será o M16", se diz no comunicado.
Destaca-se que esta colaboração é um resultado do memorando assinado entre as duas empresas.
A Aeroscraft é especializada na produção de aeronaves inovadoras, torres de vigilância e armas de assalto.
Em dezembro de 2014, o parlamento ucraniano alterou duas leis rejeitando o status não-alinhado do país. A nova doutrina militar prevê a linha de adesão à OTAN.
Ucrânia e OTAN realizarão primeiros exercícios navais conjuntos em 2017
Os primeiros exercícios militares navais "Escudo Marítimo – 2017", com a participação da Ucrânia e de sete países da OTAN, terão início nesta quarta-feira no Mar Negro.
A Marinha da Romênia informou cerca de 2,8 mil militares da Romênia, Bulgâria, Grécia, Turquia, EUA, Canada, Espanha e Ucrânia participarão dos exercícios nos próximos dez dias.
Serão mobilizados 11 navios militares e quatro aeronaves Romenas, bem como seis aeronaves e cinco navios militares de outros países participantes.
A manobra militares serão realizadas na parte oriental do Mar Negro, em uma área de 80 mil quilômetros quadrados.
No âmbito dos exercícios, os militares "realizarão procedimentos padrão da OTAN no combate com ameaçar aéreas, submarinas e navais".
OTAN adia deslocamento de armas na Ucrânia
Talvez, para evita a reação do Kremlin, a Aliança decidiu adiar por um prazo indefinido as conversações com Kiev sobre o deslocamento do escudo antimíssil na Europa.
"A participação da Ucrânia nas conversações é delicada de ponto de vista político, porque é evidente que isso pode provocar uma reação excessiva da Rússia", sublinhou uma fonte da OTAN citada pelo Wall Street Journal.
Segundo o WSJ, este tema exige uma abordagem extremamente prudente se a Aliança quiser evitar o agravamento das relações com a Rússia.
Em 12 de maio de 2016 os EUA ativaram o seus sistema da defesa antimíssil construído na Romênia, apesar dos protestos por parte de Moscou, que avalia este sistema como forma de contenção do seu arsenal militar. Outro elemento do sistema será deslocado na Polônia em 2018 e deverá entrar em funcionamento até 2020.