O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, garantiu nesta quarta-feira a parceiros de uma coalizão que a saída dos soldados norte-americanos da Síria não é “o fim da luta da América” e os conclamou a ajudar a derrotar o Estado Islâmico na Síria e no Iraque de forma permanente.
Pompeo, que discursava a ministros das Relações Exteriores e outras autoridades graduadas de 79 países que trabalharam ao lado dos EUA no combate ao grupo militante em solo sírio e iraquiano, disse que o Estado Islâmico continua sendo uma ameaça.
“A retirada das tropas dos EUA da Síria não é o fim da luta da América. A luta é uma que continuaremos a travar ao lado de vocês”, disse Pompeo em seus comentários inaugurais no Departamento de Estado.
“A redução de tropas é essencialmente uma mudança tática, não é uma mudança na missão. Ela representa simplesmente um novo estágio de uma luta antiga”, disse.
“Nossa missão é inabalável, mas precisamos de sua ajuda para cumpri-la, como a tivemos nos últimos meses e anos”, disse Pompeo. “Para este fim, pedimos que nossos parceiros de coalizão estudem séria e rapidamente solicitações que permitirão que nossos esforços continuem.”
EUA apoiam "ditadores, carniceiros e extremistas" no Oriente Médio, diz Irã
Os Estados Unidos apóiam “ditadores, carniceiros e extremistas” no Oriente Médio, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, no Twitter, nesta quarta-feira, em reação ao discurso do Estado da União do presidente norte-americano, Donald Trump.
As tensões entre os dois países aumentaram desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear multilateral em maio e reativou sanções contra a República Islâmica. “A hostilidade dos EUA o levou a apoiar ditadores, carniceiros e extremistas que só trouxeram ruína à nossa região”, escreveu Zarif em seu tuíte. Trump classificou o Irã como “o principal Estado patrocinador do terror no mundo” durante seu discurso, e disse que seu governo agiu decisivamente para confrontá-lo, segundo um vídeo de sua fala publicado no site oficial da Casa Branca.
“É um regime radical. Eles fazem coisas muito más”, afirmou Trump. “Não desviaremos os olhos de um regime que brada ‘morte à América’ e ameaça o genocídio do povo judeu”. Zarif respondeu dizendo que o Irã, inclusive sua comunidade judia, está comemorando o progresso enquanto se prepara para celebrar o 40º aniversário da Revolução Islâmica na segunda-feira.
“Os iranianos —inclusive nossos compatriotas judeus— estão comemorando 40 anos de progresso, apesar da pressão dos EUA, justamente quando Donald Trump novamente faz acusações contra nós”, tuitou Zarif, referindo-se ao discurso do Estado da União.
Autoridades iranianas de alto escalão, incluindo o presidente Hassan Rouhani, disseram que a nação está enfrentando sua pior situação econômica em 40 anos, ao menos em parte por causa das sanções dos EUA.