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As Forças Armadas dos Estados Unidos celebrou nesta terça-feira um bem sucedido primeiro teste de defesa de mísseis envolvendo um ataque simulado por um míssil balístico intercontinental, em um grande marco para um programa que tem objetivo de defesa contra uma crescente ameaça da Coreia do Norte.
O Exército dos EUA lançou um míssil de tipo balístico intercontinental (ICBM) de Kwajalein, nas Ilhas Marshall. Um míssil foi então disparado para interceptá-lo da base da Força Aérea Vandenberg, na Califórnia.
A Agência de Defesa contra Mísseis informou que foi o primeiro teste de fogo vivo contra um míssil balístico intercontinental simulado para o Ground-based Midcourse Defense (GMD), um sistema de interceptação de ogivas, e celebrou como uma “realização incrível”.
“Este sistema é vitalmente importante para a defesa de nosso país e este teste demonstra que nós temos um meio de dissuasão capaz e crível contra uma ameaça muito real”, disse o vice-almirante Jim Syring, diretor da agência, em comunicado.
Um teste de sucesso não era garantido e o Pentágono buscou lidar com expectativas anteriormente nesta terça-feira, destacando que os Estados Unidos possuem diversas maneiras de tentar derrubar um míssil da Coreia do Norte.
“Este é um elemento de uma ampla estratégia de defesa contra mísseis que podemos usar contra possíveis ameaças”, disse o porta-voz do Pentágono, o capitão Jeff Davis, a repórteres.
Antes do lançamento desta terça-feira, o sistema GMD só havia atingido com sucesso seus alvos em nove de 17 testes desde 1999. O último teste foi realizado em 2014.
A Coreia do Norte tem aumentado dramaticamente o ritmo de seus testes de mísseis durante o último ano, com um objetivo de desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de atingir território norte-americano.
A área continental dos EUA fica a cerca de 9 mil quilômetros da Coreia do Norte. Mísseis balísticos intercontinentais possuem um alcance mínimo de cerca de 5.500 quilômetros, mas alguns são projetados para viajar 10 mil quilômetros ou mais.