O Pentágono desconvidou nesta quarta-feira a China de um grande exercício naval sediado pelos Estados Unidos em resposta ao que vê como militarização de Pequim de ilhas no Mar do Sul da China, uma decisão que a China disse não ser construtiva.
“Como uma resposta inicial à contínua militarização chinesa do Mar do Sul da China, nós desconvidamos a Marinha da China do exercício Rim of the Pacific (Rimpac) 2018”, disse o tenente-coronel Christopher Logan, um porta-voz do Pentágono.
Logan não especificou o que mais o governo dos EUA pode fazer para responder, mas destacou que há “forte evidência” de que a China enviou mísseis antinavio, sistemas de mísseis terra-ar e jammers eletrônicos para as contestadas Ilhas Spratly.
“Nós entendemos isto como uma ação não construtiva”, disse o diplomata mais sênior da China, Wang Yi, a repórteres em Washington após encontro com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Wang descreveu a atividade chinesa no Mar do Sul da China como autodefesa, dizendo que o país está trabalhando em “escala muito menor” do que os Estados Unidos haviam feito no Havaí e em Guam.
“Nós esperamos que os EUA mudem uma mentalidade tão negativa”, disse. Durante o fim de semana, a força aérea da China pousou bombardeiros nas ilhas disputadas no Mar do Sul da China como parte de um exercício de treinamento na região, gerando preocupações do Vietnã e das Filipinas.