O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está nesta segunda-feira em Washington, nos Estados Unidos, para reuniões com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tom Donilon, e o vice-assessor de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos Internacionais, Michael Froman.
As reuniões ocorrem no momento em que assessores da presidente Dilma Rousseff estudam a hipótese de ela fazer a primeira visita de Estado aos Estados Unidos no segundo semestre do ano. A data da viagem ainda é indefinida. Antes da visita, porém, Dilma deve ir a Nova York, no fim de setembro, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos têm parcerias nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, energia, defesa, educação, transparência governamental, luta contra a discriminação e inclusão social. Há um projeto comum denominado Diálogo de Parceria Global, que ocorreu pela última vez em outubro de 2012.
O Diálogo de Parceria Global é formado por mais de 30 mecanismos de consulta e cooperação que cobrem praticamente todos os temas das agendas bilateral, regional, internacional e global. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Patriota e Kerry examinarão os principais temas da agenda bilateral, com ênfase na execução dos compromissos acordados por Dilma e pelo presidente norte-americano Barack Obama, em março de 2011, quando ele esteve no Brasil.
De 2008 a 2012, o intercâmbio comercial entre os dois países cresceu 11,3%, passando de US$ 53,1 bilhões para US$ 59,1 bilhões. Em 2011, o comércio bilateral alcançou recorde histórico em decorrência do aumento das importações brasileiras (25,6%). Em 2012, os Estados Unidos foram o segundo parceiro do Brasil no mundo, com participação de 12,7% no total do comércio exterior.
De acordo com o Itamaraty, os Estados Unidos são o país com maior estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil, somando US$ 104 bilhões em 2010, cerca de um quinto do total de IEDs no país. Os investimentos líquidos feitos apenas na última década correspondem a mais da metade desse valor: US$ 67,7 bilhões ingressaram no Brasil entre 2001 e 2012, segundo o Banco Central. Em 2012, os Estados Unidos foram o maior investidor estrangeiro no Brasil.