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Patriota defende Venezuela no Mercosul

Lisandra Paraguassu


Em mais uma sessão no Congresso em que teve de justificar a suspensão do Paraguai e a entrada da Venezuela no Mercosul, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, voltou a defender a democracia do presidente venezuelano Hugo Chávez. "O julgamento coletivo na região é de que, sim, vige na Venezuela uma democracia. O presidente Hugo Chávez foi sucessivamente eleito democraticamente", afirmou, durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Questionado se caberia suspender o Paraguai por violação da cláusula democrática do Mercosul ao mesmo tempo que admite uma Venezuela constantemente acusada de perseguir opositores do chavismo, Patriota lembrou que, até hoje, nunca aconteceu de os 11 países da América do Sul terem tirado coletivamente seus embaixadores de Caracas. Isso foi feito em Assunção após o impeachment de Fernando Lugo. "Nesse momento todas as embaixadas dos países sul-americanos em Assunção estão apenas com os encarregados de negócios", explicou o ministro.

Ele também afirmou que a única tentativa de rompimento da ordem democrática na Venezuela foi a tentativa de golpe contra o próprio Chávez, em 2002.

O ministro foi duramente questionado sobre as decisões do Brasil no processo que culminou na suspensão do Paraguai e a entrada da Venezuela no Mercosul e manteve a posição de que os países do bloco não poderiam deixar passar uma violação da cláusula democrática. "Não existe tolerância ou aceitação de aventuras antidemocráticas na região. Por isso o Mercosul e a Unasul deliberaram pela suspensão, sem que isso afetasse o povo paraguaio ou os benefícios do Paraguai pela participação nessas organizações", argumentou.

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