O presidente do Paraguai, Federico Franco, pediu à Unasul que respeite a soberania do seu país, mas assegurou que irá garantir a segurança dos observadores da entidade durante as eleições presidenciais de abril.
"Vamos dar a eles todas as garantias para que os observadores possam circular dentro do território nacional com total segurança", afirmou o chefe de Estado durante uma coletiva de imprensa na qual revelou um reunião privada com um enviado da Unasul, o peruano Salomón Lerner.
Franco explicou que deixou claro com Lerner que seu país "pede respeito como país livre e soberano".
O Paraguai foi excluído da Unasul em junho do ano passado, em consequência da destituição do então presidente Fernando Liga mediante um julgamento político no congresso, que o acusou de "mau desempenho em suas funções".
A decisão foi qualificada pela maioria dos países da Unasul de "golpe parlamentar". Franco e os partidos representados no Parlamento não aceitaram a resolução da Unasur e denunciaram a "intromissão em seus assuntos internos".
Mesmo tendo a segurança garantida, os observadores não receberam imunidade diplomática. O presidente paraguaio disse a Lerner que confiava na imparcialidade destes observadores.
No entanto, outros membros do governo chegaram a declarar publicamente que os observadores chegaram ao país "para atrapalhar as eleições".