O pedido dos Estados Unidos de um reforço do papel da OTAN no Iraque, onde um ataque americano matou o general iraniano Qassem Soleimani, estará sobre a mesa da reunião dos ministros da Defesa da Aliança Atlântica – anunciou a organização nesta terça-feira (11).
O secretário americano da Defesa, Mark Esper, submeterá o pedido a seus pares, embora nenhuma decisão vá ser adotada, disse o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg.
Prevista para acontecer quarta e quinta-feiras em Bruxelas, a reunião será a primeira em nível ministerial a examinar a solicitação do presidente americano, Donald Trump. Desde que chegou à Casa Branca, o republicano pede mais recursos de seus aliados na instituição.
"Os aliados devem vir e fazer mais por nossa defesa comum e compartilhar nossos riscos", disse, em outra entrevista coletiva, a embaixadora americana na OTAN, Kay Bailey Hutchison.
Para ela, se os aliados "assumirem uma parte da carga de trabalho da coalizão internacional, especialmente o treinamento, isso seria sem dúvida uma resposta ao que o presidente Trump pediu".
Jens Stoltenberg anunciou que conversarão sobre isso.
"Mas anunciaremos uma decisão apenas quando esta for adotada. É cedo demais", acrescentou.
Contando com cerca de 500 soldados até sua recente suspensão, a missão da OTAN no Iraque preparava as forças do país, desde outubro de 2018, por solicitação do governo iraquiano na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI).
Antes de modificar sua missão, a OTAN precisa da aprovação do governo iraquiano, que ainda não chegou.
"Esperamos retomar as missões de treinamento o mais rápido possível", afirmou o ex-premiê norueguês.
Assim como a coalizão internacional que luta contra o EI, a OTAN suspendeu sua missão em janeiro, após a decisão do Parlamento iraquiano de pedir a retirada das tropas estrangeiras. A decisão foi um sinal de protesto pela morte de Soleimani.