As baixas das forças de segurança afegãs em ataques talibãs e de outros grupos aumentaram em relação ao ano passado, quando as perdas já eram devastadoras – afirmou nesta quinta-feira (25) um oficial de alta patente da OTAN.
As autoridades estimam em cerca de 5.000 o número de policiais e de soldados afegãos mortos em 2015. São cerca de 15.000 feridos.
Em 2016, esse balanço deve ser ainda mais elevado, antecipou o general americano Charles Cleveland, o principal porta-voz da operação “Apoio Resoluto” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que ajuda a capacitar e presta assessoria aos sócios afegãos.
“O que sabemos é que o ritmo de baixas entre os afegãos este ano foi maior”, declarou Cleveland, de sua base em Cabul, em uma videoconferência com jornalistas em Washington.
“Estamos preocupados com o número de vítimas afegãs e trabalhamos com os afegãos para tentar reduzi-lo”, comentou.
Cleveland não divulgou números, mas um e-mail enviado depois pela OTAN informou que o aumento das perdas foi de cerca de 20% em um ano.
A insegurança cresceu nos últimos meses no Afeganistão, com frequentes ofensivas talibãs e de outros grupos.
No início do ano passado, as forças afegãs sucederam às da OTAN na administração da maior parte da segurança do país. Apesar do treinamento e da ajuda recebida pela Aliança Atlântica, não conseguiram conter os talibãs.
Na quarta-feira (24), militantes invadiram a Universidade Americana do Afeganistão, em Cabul. Nenhum grupo se responsabilizou pelo ataque, que deixou 16 mortos.
Esta semana, a OTAN anunciou o envio de mais de 100 soldados americanos em Lashkar Gah, a capital da província de Helmand, para tentar impedir a tomada da cidade por parte dos talibãs.