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Obama envia ao Congresso pedido de autorização para guerra contra Estado Islâmico

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou ao Congresso nesta quarta-feira um pedido de autorização para uso da força militar na campanha contra o Estado Islâmico, com operações limitadas a três anos e impedindo que as tropas norte-americanas fiquem travadas em "duradouro combate ofensivo no terreno" contra os militantes.

De acordo com o texto, Obama também quer revogar a medida de 2002 que autorizou a guerra no Iraque, mas sua proposta mantém em vigor uma autorização de 2001, aprovada pouco depois dos ataques de 11 de Setembro, para uma campanha contra a Al Qaeda e suas afiliadas.

Obama disse que permanece comprometido em trabalhar com o Congresso para "aperfeiçoar e, em última análise, revogar" a autorização de 2001. Ele disse que autorizar uma medida específica para enfrentar os combatentes do Estado Islâmico serviria como modelo para remodelar a medida de 2001.

"Direcionei uma estratégia completa e sustentada para degradar e derrotar o Isil", escreveu Obama em uma carta acompanhando o pedido, usando a sigla pela qual o Estado Islâmico é descrito nos EUA.

"Forças locais, em vez de forças militares dos EUA, devem ser enviadas para conduzir tais operações", acrescentou.

O pedido de Obama precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, onde deve provocar um intenso debate entre os democratas, que normalmente se posicionam contra uma nova guerra no Oriente Médio, e os republicanos, muitos dos quais têm feito pressão por uma campanha mais firme contra os militantes.

Problema interno – Atirador dos EUA mata 3 muçulmanos perto da Universidade da Carolina do Norte

Um homem armado matou a tiros três jovens muçulmanos perto da Universidade da Carolina do Norte, enfurecendo ativistas muçulmanos, que nesta quarta-feira pediram ao Estado norte-americano e às autoridades federais que investiguem o suspeito pelo possível crime de ódio.

Craig Stephen Hicks, de 46 anos, de Chapel Hill, foi preso e acusado por três homícios em primeiro grau, disse o Departamento de Polícia de Chapel Hill em relatório nesta quarta-feira.

Em uma página no Facebook supostamente pertencente a Hicks foram divulgadas várias mensagens criticando diversas religiões.

A polícia identificou as vítimas do massacre de terça a noite como sendo a estudante de odontologia Deah Shaddy Barakat, de 23 anos; sua mulher Yusor Mohammad, de 21 anos, e sua irmã, Razan Mohammad Abu-Salha, de 19 anos.

Um porta-voz do Conselho de Relações Americanas-Islâmicas (CAIR) disse à Reuters que os três eram muçulmanos.

"Com base na natureza brutal do crime, nas últimas declarações antirreligiosas do suposto autor, das vestimentas religosas de duas das vítimas e da crescente retórica antimuçulmana na sociedade norte-americana, nós insistimos às autoridades federais e estaduais que rapidamente especulem sobre um possível viés nesse caso", disse o Diretor Executivo Nacional do CAIR, Nihad Awad.

A polícia não atribuiu motivo para as mortes. Hicks estava mantido na prisão de Durham County, informou a polícia.

A universidade disse em nota que a polícia respondeu ao informe de tiros às 17h11 e encontrou as três vítimas, que foram marcadas como mortas na cena do crime.

A universidade informou que Barakat era estudante do segundo ano de odontologia e sua esposa estava planejando começar lá no próximo ano letivo, enquanto a irmã era uma estudante da Universidade do Estado da Carolina do Norte.

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