O presidente Barack Obama promulgou uma lei no dia 28 de dezembro contra a suposta influência iraniana na América Latina, através de uma nova estratégia diplomática e política elaborada pelo Departamento de Estado.
O Ato Contra o Irã no Hemisfério Ocidental aprovado pelo legislativo no início deste ano pede que o Departamento de Estado desenvolva uma estratégia em 180 dias para “combater as crescentes presença e atividades hostis do Irã” na região.
Embora a estratégia seja confidencial e acessível apenas ao legislativo, ela deve conter um sumário público.
O texto também pede ao Departamento de Segurança do Continente para aumentar a vigilância nas fronteiras dos EUA com Canadá e México para “evitar que membros do Irã, do Corpo de Guarda Revolucionário Iraniano, de sua Força Quds, do Hezbollah ou de quaisquer outras organizações terroristas entrem nos Estados Unidos”.
Quanto à América Latina, o texto inclui um plano de ação multiagências para garantir a segurança de seus países, além de um “plano contraterrorismo e contra a radicalização” para isolar o Irã e seus aliados.
Washington declarou reiteradas vezes que está monitorando de perto as atividades de Teerã na América Latina, ainda que altas autoridades do Departamento de Estado e inteligência tenham declarado que não há indícios aparentes de atividades ilícitas do Irã.
No entanto o Irã, que sofre uma série de sanções internacionais em consequência de seu suposto programa nuclear, abriu seis novas embaixadas na região desde 2005 – elevando o total para 11 – e 17 centros culturais.
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad fez visitas regulares à América Latina, embora tenha visitado a região apenas duas vezes em 2012.
Teerã mantém laços particularmente estreitos com Bolívia, Equador e Venezuela, onde reforçou sua presença através de investimentos.