Na última sexta-feira (7), o jornal South China Morning Post noticiou que a China desenvolveu um dispositivo a laser que poderia ser montado em um satélite para permitir comunicações de alta velocidade, bem como o rastreamento e identificação de alvos.
Segundo um pesquisador não identificado da Academia Chinesa de Ciências, esse dispositivo em particular, que pesa menos de 3,3 kg (incluindo a fonte de energia), não é uma arma. No entanto, ele reforça o coro de outros especialistas de que “uma versão maior pode ser”.
De acordo com a publicação, tal aparato poderia destruir alvos distantes gerando ondas de choque. Partículas carregadas também podem ser usadas para danificar sensores dos sistemas de orientação de mísseis dos adversários — uma ameaça muito real aos ativos espaciais dos concorrentes da China.
EUA impuseram sanções à China
Embora os EUA recentemente tenham imposto sanções aos esforços de desenvolvimento a laser da China, o país está trabalhando simultaneamente em seu próprio sistema de armas de 1 megawatt baseado em laser destinado à órbita.
O artifício foi projetado para ser capaz de derrubar armas hipersônicas antes que atinjam seus alvos. No entanto, não seria o caso do novo dispositivo a laser anunciado recentemente, que se prepara para sua primeira missão de teste no espaço após vários testes terrestres.
Além disso, a China também está fazendo grandes avanços no desenvolvimento de lasers que permitem aos satélites tirar imagens altamente detalhadas e transferir dados de volta para o solo em velocidades extremamente altas.
O uso de lasers em campos de batalha está se tornando mais comum a cada ano. No mês passado, os EUA neutralizaram com sucesso um alvo flutuante de um navio da Marinha em movimento. Resta esperar, no entanto, para saber quando a tecnologia de energia armada fará sua estreia no espaço.