Um drone com explosivos caiu, na manhã deste sábado (8), em uma base aérea iraquiana que abriga tropas americanas, informou o Exército iraquiano, um modus operandi já usado por facções pró-Irã no Iraque e em outras partes do Oriente Médio.
A coalizão antijihadista liderada por Washington no Iraque esclareceu que o ataque – o quarto em menos de uma semana – “não provocou baixas”, mas que “um hangar sofreu danos” na base aérea de Ain al-Assad, no oeste desértico do Iraque.
As facções pró-Irã, que querem acabar com qualquer presença militar estrangeira no Iraque, alcançaram um novo nível em meados de abril com um ataque espetacular.
Na ocasião, um drone “carregado com TNT” – de acordo com as autoridades curdas – caiu no quartel-general da coalizão antijihadista no aeroporto internacional de Erbil. A notícia chocou porque foi a primeira vez que as autoridades iraquianas relataram tal modus operandi.
“Outros ataques, porém, já ocorreram em solo iraquiano”, garantiu à AFP um funcionário do governo iraquiano.
E, acima de tudo, segundo os americanos, os pró-iranianos do Iraque e do Iêmen já coordenaram esforços para realizar um ataque semelhante sobre um palácio real saudita em Riade. O drone em questão foi interceptado antes de atingir o palácio, segundo um oficial americano.
Há um ano e meio, os pró-Irã disparam, em intervalos regulares, foguetes visando os 2.500 soldados americanos ainda presentes no Iraque, bem como a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá.
Desde o último domingo, eles dispararam dois foguetes contra a base de Ain al-Assad, seis outros contra outra base aérea, Balad, onde os americanos mantêm a frota iraquiana de caças F-16, e dois foguetes no aeroporto de Bagdá, onde soldados americanos também estão estacionados.
Para lidar com esses projéteis – que já mataram americanos, britânicos e iraquianos -, os Estados Unidos instalaram sistemas de defesa C-RAM, que são baterias antiaéreas, em Bagdá e Erbil.