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No Chile, Cristina Kirchner esfria negociações entre Mercosul e UE

João Fellet

Em declaração a jornalistas após se encontrar com a presidente Dilma Rousseff em Santiago (Chile), à margem da 1ª cúpula União Europeia – Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), Cristina afirmou que um eventual acordo só será discutido após as eleições presidenciais no Paraguai, em abril.

O Paraguai está suspenso do Mercosul desde junho de 2012, após o impeachment relâmpago do então presidente Fernando Lugo.

De acordo com Cristina, após a eleição paraguaia, quando a suspensão do país deverá se encerrar, o Mercosul criará uma comissão para formular uma proposta de aliança com o bloco europeu.

A proposta, diz a presidente argentina, será apresentada até o último trimestre deste ano.

Segundo ela, porém, a negociação "tem que se dar sob novas premissas" e refletir o diferente grau de desenvolvimento entre os dois blocos.

"Nossos países são emergentes e eles (UE) já têm um desenvolvimento industrial consolidado. Essas assimetrias precisam estar previstas".

Na última quinta-feira, em Brasília, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse esperar que o acordo de aliança entre os blocos avançasse neste fim de semana.

As negociações entre o Mercosul e União Europeia sobre um acordo de livre comércio foram lançadas em 1999, mas interrompidas em 2004. Em 2010, as negociações foram relançadas.

Interligação

Mais cedo, em outro evento ocorrido às margens da cúpula, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se com o mandatário chileno, Sebastián Piñera, quando voltou a citar que os dois países precisam se integrar por meio de rodovias e ferrovias, construindo uma ponte entre o Atlântico e o Pacífico.

"Apesar de não termos fronteira, temos grande possibilidade de interligação", afirmou a presidente.

"Esse corredor interoceânico rodoviário e ferroviário liga dois elementos fundamentais do comércio mundial, o comércio do Atlântico e do Pacífico".

O encontro dos dois presidentes ocorreu no Palácio de la Moneda, sede do Executivo chileno.

Na reunião, ambos firmaram um acordo que permitirá o uso de uma base chilena na Antártida por pesquisadores brasileiros enquanto a unidade brasileira é reconstruída.

A estação Comandante Ferraz foi destruída num incêndio em fevereiro de 2012.

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