Tratar a China como um "rival estratégico" dos Estados Unidos é um equívoco que pode levar a erros, disse o embaixador da China nos Estados Unidos em discurso em um fórum online.
Desde que o governo Trump definiu a China como rival estratégico em 2018, tem havido confronto entre Washington e Pequim frequentemente sobre questões que vão desde o comércio até o tratamento do coronavírus por Pequim, e o novo governo do presidente Joe Biden deve manter pressão sobre a China.
No primeiro discurso importante de uma autoridade chinesa sobre as relações entre as duas maiores economias do mundo desde que Biden assumiu o cargo, o embaixador Cui Tiankai reafirmou a posição de longa data da China de buscar uma coexistência pacífica com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que alertou para não cruzar a linha vermelha da China.
"Tratar a China como um rival estratégico e inimigo imaginário seria um grande equívoco estratégico", disse Cui no fórum que ocorreu na noite de quarta-feira no horário dos EUA, quinta-feira em Pequim.
"Desenvolver qualquer política com base nisso só levaria a graves erros estratégicos."
Cui enfatizou que a China deseja cooperação, não confronto, e pediu que ambos os lados tratem das diferenças por meio do diálogo. Mas ele também disse que a China não cederá em questões relativas à soberania e integridade territorial.
"A China não vai recuar. Esperamos que os Estados Unidos respeitem os principais interesses da China e evitem cruzar a linha vermelha", afirmou Cui.
China diz que interesses comuns superam diferenças com EUA¹
Os interesses comuns entre China e Estados Unidos superam as diferenças entre os dois países, disse o vice-presidente chinês, Wang Qishan, a uma delegação norte-americana nesta sexta-feira, em meio às elevadas tensões entre as duas nações.
A mídia estatal chinesa disse que Wang falou aos visitantes que manter o espírito de respeito mútuo, de cooperação ganha-ganha e gerenciar as divergências é fundamental para manter laços saudáveis e estáveis entre China e EUA.
¹com Reuters