Osama bin Laden, o maior ícone do terrorismo mundial em todos os tempos, está morto. Responsável direto pela covardia que matou cerca de 5 mil pessoas em 2001, quando as torres gêmeas de Manhattan e outros alvos nos Estados Unidos foram atacados quase simultaneamente, o líder da Al-Quaeda agora é só mais um mártir para seus seguidores.
Nascida no refluxo dos conflitos entre árabes e judeus no Oriente Médio – e alimentada pelo ódio à intromissão norte-americana em territórios além de suas fronteiras – a Al-Qaeda, assim como os grupos islâmicos radicais Hamas e Fatah, está longe de encantar-se pela via pacífica. Ao contrário, parecem cada vez mais dispostas ao enfrentamento, no que são semelhantes às potências da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O assassinato de Bin Laden, em pleno território paquistanês, promete colocar ainda mais fogo na ebulição planetária. Em vez de eliminar um problema, pode-se dizer que os Estados Unidos garantiram pelo menos mais 20 anos de paranóia anti-terror no planeta. Só há uma coisa que insufle mais um radical do que um líder carismático: um líder carismático assassinado pelo inimigo. Com a ação de domingo, os EUA dizem estar fazendo justiça. De fato, estão se sentindo vingados da hecatombe das torres gêmeas, que foram ao chão com transmissão ao vivo na TV.
Agora, infelizmente, é esperar pela resposta da Al-Qaeda, que, como as autoridades dos EUA já admitiram, pode vitimar mais inocentes em um ponto qualquer deste planeta.