Nota DefesaNet a Ver comentários ao fim do artigo de OESP. a O Editor |
Eliane Cantanhêde
19 Abril 2020
O Estado de S. Paulo
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer que Jair Bolsonaro barre ataques a ela com as digitais do “gabinete do ódio”. Do DEM como Henrique Mandetta, Rodrigo Maia e Ronaldo Caiado, governador de Goiás que rompeu com o Planalto, ela vê escalada de fake news contra sua gestão e ataques à condução de negócios com a China.
Uma das estrelas do governo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai pedir ao presidente Jair Bolsonaro, amanhã, durante despacho no Palácio do Planalto, que ele interceda junto às tropas bolsonaristas para suspender a escalada de ataques a ela pela internet após as crises artificiais criadas por setores governistas com a China e principalmente a partir da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
Bolsonaro demitiu Mandetta na tarde de quinta-feira e naquela mesma noite já atirava contra seu novo inimigo número um, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Tereza Cristina é do DEM, como Maia, Mandetta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que acaba de romper com o Planalto.
Ela é também do Mato Grosso do Sul, como Mandetta, e líder ruralista, como Caiado. Sua assessoria identifica articulações e um aumento considerável de ataques sem sentido contra ela na internet, com o dedo do chamado “gabinete do ódio”, o grupo do Planalto que dispara impropérios e fakenews contra adversários reais ou imaginários do presidente.
No primeiro ano de governo, o DEM teve três ministros: Tereza Cristina, Mandeta e Onyx Lorenzoni, depois rebaixado da Casa Civil para o Ministério da Cidadania. Diante da guerra de Bolsonaro com o partido, Onyx ainda não sabe se deve ou não migrar do DEM para o Aliança, o partido que o presidente tenta criar. Tereza Cristina está sendo indiretamente forçada a optar entre o Ministério da Agricultura e o seu partido. Uma “escolha de Sofia” que ela não está disposta a fazer, pois se sente confortável no DEM e tem boa relação com Bolsonaro. Como sempre diz, neste momento seu negócio é a Agricultura, não a política.
Fritura. A principal diferença entre os casos dos dois ministros é justamente essa: Mandetta batia de frente com o próprio presidente da República por divergências quanto ao isolamento social no combate ao coronavírus, enquanto o problema de Tereza Cristina não é Bolsonaro. Ela é respaldada por ele, mas alvo de hostes bolsonaristas, principalmente das mais ligadas ao seu setor, a Agricultura. A outra diferença é que, conforme tem dito a aliados e amigos, a ministra não tem a menor intenção de ser “fritada” publicamente durante semanas, como foi Mandetta. Se tiver que sair, quer sair logo. Com mandato de deputada, ela volta para a Câmara.
Além da questão político-partidária em torno do DEM, há também a questão ideológica envolvendo a China. Enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham
“Amigos! Precisamos também derrubar Tereza Cristina, Ministra da Agricultura. Além de ser do DEM, fez negociações com os chineses. Quer aprovar lei para que estrangeiros possam adquirir até 25% das terras férteis brasileiras.” MENSAGEM DIFUNDIDA NO TWITTER
Weintraub, fazem provocações contra o maior parceiro comercial do Brasil, um culpando a China pela pandemia, outro usando o personagem de quadrinhos Cebolinha para ironizar os chineses, Tereza Cristina trabalha em sentido oposto: restabelecer pontes.
A China é a maior importadora de soja do Brasil. No ano passado, foi responsável por 80% das compras do produto e pela entrada de R$ 20 bilhões no setor. Afinal, como lembram integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura, em maioria bolsonaristas e aliados da ministra, o país tem 1,4 bilhão de bocas a serem alimentadas. Nunca é hora de brigar com a China, muito menos em tempos de pandemia por covid-19 e o mundo de ponta cabeça.
A grande preocupação, não só da ministra, mas de toda a agricultura, é que os Estados Unidos entrem no vácuo e se habilitem como principal exportador para a China, tirando mercado brasileiro. E não é só em relação a soja. O Brasil também abriu brechas na China para exportar carne bovina, de frango e de porco. Se essas brechas se fecharem, o que fazer com a produção?
Até por isso, a ministra participou de uma videoconferência de mais de uma hora com o embaixador americano em Brasília, o recém-chegado Todd Chapman. Ela não passou detalhes a seus interlocutores do Congresso, limitando-se a dizer que a conversa foi “muito boa”, e deixou claro que a questão agrícola não é de aliança política com esse ou aquele país, mas sim “de mercado”.
Além da Frente, associações e órgãos ligados à agricultura têm defendido a ministra e criticado os ataques do filho do presidente e do ministro da Educação contra a China. Alguns se prontificaram, inclusive, a fazer moções e manifestos a favor de Tereza Cristina, que desestimula iniciativas do gênero e, nas conversas com integrantes desses grupos, sempre se refere ao “nosso governo”, elogia o presidente Bolsonaro e diz que a relação entre eles é muito boa.
O agronegócio, porém, não é um monobloco. Além dos favoráveis, há também os adversários da ministra, que pressionam por mais recursos e agora usam a crise para tentar arrancar mais privilégios. São esses que, na opinião dos aliados dela, estão se aproveitando do ambiente político e dos atritos do presidente com o DEM para tentar miná-la junto ao Planalto. A palavra está com Bolsonaro.
Comentário DefesaNet
O artigo de OESP é muito estranho pela forma e conteúdo.
As argumentações, teoricamente colocadas pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, devem ser analisadas em um contexto mais amplo.
DefesaNet republicou o excelente trabalho do Rural Business com quatro vídeos, que analisa as ações de Desinformação e Manipulação relizadas pelo governo Chinês e boa parte da imprensa relacionada ao Mercado de Commodities, tais como: Soja, Carnes, etc.
Importante leitura e poderemos esclarecer a posição da ministra ao dar veiculação às chantagens da Embaixada Chinesa em Brasília.
Outro ponto é o que está horrizada o PCC (Partido Comunista Chinês). O chamado Blowback (retorno não previsto de uma ação). A credibilidade chinesa em crise e a hostilidade contra os seus produtos e atividades.
Será que a ministra foi pressionada pelo governo chinês a dar chancela a esta estranha matéria? Linha direta com o Embaixador Chinês Yang Wainming?
Matérias Relacionadas
Matéria do Rural Business
BR-CN – Rural Business: O Que a Imprensa Brasileira não Mostra!
Série de quatro programas sobre as ações chinesas no Agronegócio Brasileiro. Análises realizadas pela empresa Rural Business
Recomedamos a leitura destes artigos e o leitor relacione com os fatos descritos nos vídeos da Rural Business.
Matérias sobre as ações e ataques da China ao Brasil e ao Governo Brasileiro
1 – China no Ataque – Valorize as relações China-Brasil, deputado Eduardo Link 06 Abril 2020
2 – BR-CN – Nota da Embaixada da China dia 27 MAR 2020 Link
3 – Editorial DefesaNet – China Alia-se à Avenida Paulista e FHC Link
4 – China cria incidente diplomático Link
5 – Thread do Twitter que irritou o Governo Chinês Link
<!–[if gte mso 9]><xml>
</xml><![endif]–><!–[if gte mso 9]><xml>
</xml><![endif]–><!–[if gte mso 9]><xml>
</xml><![endif]–><!–[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:”Tabela normal”;
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:””;
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:”Calibri”,”sans-serif”;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>