Um oficial da Marinha americana acusado de participar da invasão de janeiro ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump foi preso nesta quinta-feira, anunciou o Departamento de Justiça.
O comandante Christopher Warnagiris é o primeiro oficial na ativa a ser acusado pela invasão, em que centenas de apoiadores de Trump bloquearam a sessão que confirmou Joe Biden como vencedor das eleições presidenciais de novembro.
Warnagiris, 40, foi acusado de agredir ou resistir a agentes de ordem, obstrução da aplicação da lei e obstrução da Justiça. O Departamento de Justiça informou ter posse de um vídeo que mostra Warnagiris empurrando com violência os agentes e abrindo passagem pelas portas do Capitólio, juntamente com outras pessoas.
O oficial é uma das 440 pessoas acusadas na investigação do departamento sobre esse ataque. Mais de um quarto delas foram acusadas de agressão ou de criar obstáculos à aplicação da lei. Membros de milícias antigovernamentais e supremacistas brancos também enfrentam acusações de conspiração violenta. O primeiro julgamento deve começar em junho.
A presença de quatro membros da Guarda Nacional na ativa e 40 militares veteranos entre os presos pela invasão ao Capitólio levou o Pentágono a realizar sessões informativas sobre a ameaça do extremismo nas fileiras. O Corpo de Marines confirmou a identidade de Warnagiris, que trabalhava em sua base na cidade de Quantico, Virgínia.
"Não há lugar para o ódio racial ou extremismo no Corpo de Marines. Nossa força deriva da excelência individual de cada marine, independentemente de sua origem. A intolerância e o extremismo racial vão de encontro aos nossos valores fundamentais", assinalou a corporação.