Milhares de pessoas compareceram neste domingo (02/09) ao funeral de Alexandr Zakharchenko para se despedirem do líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, morto na última sexta-feira numa explosão na cidade de Donetsk, o reduto dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Uma capela foi instalada no Teatro de Ópera e Balé, e longas filas de pessoas foram formadas do lado de fora. "A ceremônia contou com mais de 120 mil pessoas", disse à agência russa Interfax um porta-voz do governo da autoproclamada República Popular de Donetsk, que interditou o trânsito de veículos no centro da cidade.
Alexandr Zakharchenko para se despedirem do líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, morto na última sexta-feira numa explosão na cidade de Donetsk, o reduto dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Um correspondente da agência de notícias AFP estimou o número de participantes em mais de 30 mil. Pessoas uniformizadas isolaram o centro da cidade, e o transporte público foi temporariamente suspenso. Enormes cartazes foram pendurados com fotos e citações de Sachartschenko. "Todos nós temos uma pátria – Rússia", dizia um cartaz. Zakharchenko foi enterrado com honras militares na Alameda dos Heróis do cemitério sul de Donetsk. E
Em declaração transmitida pela agência de notícias da República Popular de Donetsk, Vladislav Surkov, assistente do presidente russo, Vladimir Putin, chamou Zakharchenko de "irmão”. Você é um cara legal, um verdadeiro herói, e é uma grande honra ser seu amigo”, afirmou Surkov, chamando Zakharchenko por Sasha, diminutivo do nome do separatista.
O líder separatista morreu aos 42 anos, numa detonação ocorrida no momento em que ele e companheiros entravam em um restaurante. A explosão matou também um de seus seguranças, e outras 11 pessoas ficaram feridas.
Poucas horas depois, autoridades locais anunciaram a detenção de suspeitos e acusaram o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) de ter organizado o assassinato.
O governo de Kiev negou qualquer envolvimento no ocorrido e sugeriu que a morte pode ter sido um acerto de contas entre os separatistas. Em comunicado, Vladimir Putin afirmara que o assassinato visa desestabilizar a paz regional.
Em foto de Agosto de 2014, Zakharchenko é efusivamente cumprimentado pelo agente "Boroday" da FSB. O fundador da “República Popular de Donettsk" (Donetsk Ppl Republic), é apresentado como um líder cuidadosamente escolhido. Fonte https://twitter.com/olex_scherba
Ele evitou apontar culpados pela explosão. O Ministério do Exterior russo, no entanto, acusou o governo da Ucrânia pelo atentado e pediu uma investigação internacional para esclarecer o ocorrido.(ver os tuites da RT abaixo)
Antigo mecânico e depois empresário, Zakharchenko foi um dos líderes dos separatistas desde o início do conflito com as forças ucranianas, em abril de 2014.
Em novembro daquele ano, meses depois de os territórios rebeldes do leste da Ucrânia proclamarem a independência, Zakharchenko foi eleito presidente da República Popular de Donetsk com 81% dos votos.
Nos últimos anos, vários comandantes separatistas foram mortos em atos que os separatistas atribuem ao serviço secreto ucraniano. Mais de 10 mil pessoas morreram em Donetsk e Lugansk após o início da insurgência separatista em 2014.
Kiev e governos ocidentais acusam Moscou de fornecer armas e tropas aos rebeldes. A Rússia nega as acusações e afirma que dá apenas apoio político aos insurgentes.
Nota DefesaNet
A máquina de "Desinformatsia" russa começou a trabalhar imediatamente após o atentado. A agência Russia Today (RT) publicou no Twitter
Mais abaixo a reportagem do Canal russo TV Zveda (militar)
There are 'reasons to believe' that #Zakharchenko’s murder was orchestrated by #Kiev – #Zakharova https://t.co/Vf0FgXXCGG pic.twitter.com/QWYqe3aLme
— RT (@RT_com) 31 de agosto de 2018
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Vídeo da TV Zveda