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O Governo do Presidente Nicolás Maduro ativou na noite desra terça-feira (18ABR2017), o “Plan ZAMORA”, em sua primeira fase chamada de verde: na defesa da paz e resguardo da Pátria Bolivariana e derrotar a violência.
Desde o Palácio Miraflores , em reunião com seus Comandantes Militares, o Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, explicou que a proposição foi apresentada pelo Comando Estratégico Operacional (CEO) da Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), Comandada pelo General Vladimir Padrino.
Maduro aprovou o Plan Zamora na sua fase verde com instruções para todos os comandantes militares da Venezuela – “su seguridad, orden interno e integración social”.
No discurso explicou que com esta ação se pretende frustrar o golpe de Estado e a escalada de violência que foi gerada nos últimos dias no país pela direita venezuelana. E também um suposto golpe gerado desde o Departamento de Estado dos Norte Americano.
Maduro em proinunciamento na noite de terça-feira (28ABR2017)
Apoio dos Militares
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respondeu nesta segunda-feira à manifestação da oposição programada para quarta-feira em Caracas com uma demonstração de força do chavismo. Mandou o Exército marchar “em defesa da moral” e “em repúdio aos traidores da pátria”, mas o ato serviu para exibir o apoio maciço dos militares. \\\
Assim o expressou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López: “A Força Armada Nacional Bolivariana [FANB] preserva sua unidade monolítica, granítica, e ratifica sua lealdade incondicional ao presidente”. A mensagem, inequívoca, é em si uma advertência em meio a um clima de tensão e depois de duas semanas de protestos.
As mobilizações aumentaram desde que no dia 30 de março o Tribunal Supremo de Justiça deixou sem poderes o Parlamento, de maioria oposicionista, aprofundando assim a crise institucional no país latino-americano. O mesmo tribunal retificou sua decisão dias mais tarde, mas os manifestantes continuaram seu braço de ferro contra o Governo.
Por Venezuela, mi patria querida!!! Por los milicianos y milicianas, hombres y mujeres del… https://t.co/zviFN7AwKa
— Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) 18 de abril de 2017
Diante do aumento da pressão, Maduro apareceu na noite de domingo cercado por seus ministros no palácio de Miraflores, sede da Presidência da República. Ele o fez para anunciar que dois dias antes do protesto de quarta-feira, ao qual o chavismo responderá com uma mobilização paralela, o Exército sairia às ruas.
“Desde o primeiro toque da alvorada, desde o primeiro cantar de galo, a Força Armada Nacional Bolivariana estará sob o canto e o trote, dizendo viva a união cívico-militar, viva a revolução bolivariana”, enfatizou Maduro. Os militares marcharam, desarmados, e fizeram um chamamento contra os protestos da oposição.
O presidente venezuelano descreveu a mobilização como uma exaltação dos valores associados ao situacionismo e como um aviso à oposição. Ou seja, “uma jornada em defesa da moral, da honra, do compromisso, da união cívico-militar, do compromisso com a pátria, em repúdio à traição à pátria e aos traidores da pátria, que do exterior, de Miami, de Bogotá, de Santo Domingo, triangulam conspirações”.
Denúncia de torturas
O Governo venezuelano procura vincular a manifestação com os episódios de violência de rua registrados nas últimas semanas. Desde as sentenças do Supremo, houve ao menos cinco mortes nos protestos. A Igreja e a oposição atribuíram a maioria dessas mortes aos grupos de choque próximos do chavismo.
Maduro, no entanto, falou de uma “agressão” que tenta semear “o caos” e deixou claro que punirá quem for considerado responsável nas fileiras da oposição. “Meu pulso não tremerá para fazer justiça”, afirmou, ao comparar as manifestações com a tentativa de golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002. Segundo Maduro, “é o mesmo beco sem saída”.
A organização de venezuelanos no exílio Veppex denunciou em um comunicado que os irmãos “Francisco José e Alejandro Sánchez Ramírez, líderes da juventude do partido Primeiro Justiça, foram presos na quinta-feira durante um protesto” e foram “torturados” para “forçá-los a gravar uma declaração responsabilizando deputados e líderes da oposição pelos acontecimentos violentos na Venezuela”.