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Lituânia denuncia exercícios militares russos com mísseis perto da fronteira

A Lituânia denunciou neste sábado "exercícios militares" do exército russo no enclave ocidental de Kaliningrado, perto da fronteira comum, "que incluem a implantação de mísseis Iskander".

Moscou confirmou os exercícios e explicou que se trata de "treinamentos" regulares como os que acontecem em toda a parte de seu território.

"A Rússia realiza atualmente exercícios militares em Kaliningrado e está prevista implantação de sistemas de mísseis Iskander assim como a possibilidade de utilizá-los" declarou à AFP o ministro lituano de Relações Exteriores, Linas Linkevicius.

Esses mísseis poderiam atingir Berlim se disparados deste enclave russo situado entre Polônia e Lituânia, destacou o ministro.

"Contingentes de forças com mísseis têm sido enviados regularmente à região de Kaliningrado e continuarão sendo enviados como parte de um plano de treinamento das forças armadas russas", declarou o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

O ministro polaco de Defesa, Antoni Macierewicz, considerou as "atividades" russas "muito alarmantes", mas não disse se estava ciente da implantação desses mísseis Iskander em Kaliningrado.

Lituânia e Polônia são membros da OTAN.

Rússia afirma que ações dos EUA ameaçam sua segurança nacional¹

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse no domingo que havia detectado crescente hostilidade dos EUA em relação a Moscou e queixou-se do que ele diz ser uma série de medidas agressivas norte-americanas que ameaçam a segurança nacional da Rússia.

Em uma entrevista à TV estatal russa, que deve agravar as relações já abaladas com Washington, Lavrov culpou a administração de Barack Obama pelo que ele descreveu como uma deterioração acentuada dos laços EUA-Rússia.

"Temos assistido a uma mudança fundamental de circunstâncias, quando se trata da agressiva Russofobia, que agora está no cerne da política dos Estados Unidos com a Rússia", disse Lavrov à TV estatal russa First Channel.

"Não é apenas uma Russofobia retórica, mas medidas agressivas que realmente ferem nossos interesses nacionais e representam uma ameaça à nossa segurança."

¹com Reuters
 

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