O Japão reagiu com indignação, nesta terça-feira, depois que a Rússia se retirou das negociações do tratado de paz com o Japão e congelou projetos econômicos conjuntos relacionados às disputadas ilhas Curilas por causa das sanções japonesas em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Rússia e o Japão não encerraram formalmente as hostilidades da Segunda Guerra Mundial devido ao impasse sobre as ilhas, que foram tomadas pela União Soviética no final da Segunda Guerra Mundial.
Elas ficam perto da ilha de Hokkaido, no extremo norte do Japão. As ilhas são conhecidas na Rússia como Curilas e no Japão como Territórios do Norte. O Japão impôs sanções a 76 indivíduos, 7 bancos e 12 outros órgãos na Rússia, mais recentemente na sexta-feira, e incluiu autoridades de defesa e a estatal exportadora de armas da Rússia, Rosoboronexport.
A Rússia não vai continuar as negociações com o Japão sobre um tratado de paz "nas condições atuais", disse seu Ministério das Relações Exteriores na segunda-feira, citando as "posições abertamente hostis do Japão e as tentativas de prejudicar os interesses de nosso país".
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que se opôs fortemente à decisão da Rússia, chamando-a de "injusta" e "completamente inaceitável".
"Toda essa situação foi criada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, e a resposta da Rússia para empurrar isso para as relações Japão-Rússia é extremamente injusta e completamente inaceitável", disse ele, acrescentando que a atitude do Japão em relação à busca de um tratado de paz não mudou.
"O Japão precisa continuar resolutamente a sancionar a Rússia em cooperação com o resto do mundo", afirmou.