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Índia e China concordam com retirada em fronteira no Himalaia

A Índia anunciou nesta quinta-feira (11) que chegou a um acordo com a China para uma "retirada" mútua e coordenada em parte de sua fronteira no Himalaia, a fim de acalmar as tensões entre as duas potências nucleares, que aumentaram nos últimos meses.

O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, disse que, graças a um acordo na região do Lago Pangong, "os dois lados suspenderão seus avanços de maneira progressiva, coordenada e verificada".

O acordo foi alcançado após negociações entre oficiais militares, que voltarão a se reunir para traçar as linhas de uma "retirada total" da zona, acrescentou o responsável.

Em maio, ocorreram combates corpo a corpo nesta parte da fronteira, o que alimentou tensões fronteiriças entre os dois países, os mais populosos do mundo.

Em junho, pelo menos 20 soldados indianos e um número desconhecido de chineses morreram em um confronto na fronteira, na área de Ladakh. A chamada Linha de Controle Real (LAC), a fronteira de fato entre a Índia e a China, não está devidamente delimitada. Seguindo uma antiga prática de evitar um confronto militar direto, os dois Exércitos não usam armas de fogo em sua fronteira.

Nos últimos meses, porém, os dois países enviaram dezenas de milhares de soldados e armas pesadas para a região, que atualmente vive um inverno rigoroso. O acordo permitirá "um retorno à situação anterior" aos confrontos do ano passado, segundo Singh.

O responsável indiano explicou que a retirada começou na quarta-feira e que ambas as partes vão retirar as estruturas instaladas desde abril e também vão encerrar as patrulhas na zona.

No dia anterior, o porta-voz do ministro da Defesa chinês, Wu Qian, mencionou que as tropas de ambos os lados da fronteira "começaram a organizar a retirada de forma sincronizada e planejada, em 10 de fevereiro".

O último conflito aberto entre os dois remonta à Blitzkrieg de 1962, quando as tropas indianas foram rapidamente derrotadas pelo Exército chinês.

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