A Coreia do Norte parece estar expandindo sua capacidade de produzir urânio, que pode ser usado para aumentar seu arsenal de armas nucleares, disse um especialista nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.
Em um relatório no site de monitoramento do país, o 38 North, Jeffrey Lewis disse que imagens de satélite recentes mostraram que no último ano a Coreia do Norte começou a reequipar uma grande usina de urânio em Pyongsan, condado no sul da nação isolada.
“A reforma dá a entender que a Coreia do Norte está se preparando para expandir a produção de urânio de uma mina próxima”, afirmou Lewis, diretor do Programa de Não-proliferação do Leste da Ásia do Instituto Monterey de Estudos Internacionais, no relatório.
“Uma possibilidade é que a Coreia do Norte irá enriquecer o urânio para aumentar seu estoque de armas nucleares”, declarou Lewis.
Outra probabilidade é que o urânio seria usado para a produção de combustível para um Reator Experimental de Água Leve em construção em sua instalação de pesquisa nuclear de Yongbon e para futuros reatores de água leve baseados nesse modelo, acrescentou Lewis.
Coreia do Norte executa vice-premiê por insatisfação com líder, diz agência
O vice-premiê da Coreia do Norte foi executado por um pelotão de fuzilamento neste ano após mostrar descontentamento com as políticas do líder do país, Kim Jong Un, de acordo com uma reportagem da mídia sul-coreana nesta quarta-feira.
A agência de notícias Yonhap citou uma fonte anônima que disse que Choe Yong Gon, de 63 anos, um ex-representante para a cooperação Norte-Sul, foi executado, marcando outra morte de uma autoridade sênior em uma série de remoções de alto nível desde que Kim Jong Un tomou o poder, no final de 2011.
A reportagem da Yonhap informou que Choe expressou discordâncias com as políticas externas de Kim em maio e mostrou uma performance de trabalho ruim. Não foram dados mais detalhes.
O Ministério da Unificação sul-coreano, que cuida dos laços do país com a Coreia do Norte, informou em uma mensagem de texto recebida pela Reuters que Choe não foi visto em público por cerca de oito meses, e que estavam monitorando de perto a situação.
O Serviço de Inteligência Nacional sul-coreano se negou a comentar a reportagem à Reuters.
A agência de espionagem da Coreia do Sul informou a parlamentares em maio que a Coreia do Norte executou seu chefe de Defesa colocando-o em frente uma arma anti-aérea em um campo de tiro.