O fundador e presidente-executivo da Huawei Technologies, Ren Zhengfei, defendeu a empresa chinesa em relação às preocupações dos Estados Unidos com segurança digital ao falar à imprensa nesta quinta-feira pela primeira vez, retirando um véu de mistério que envolve o evasivo executivo.
Ren tem evitado a imprensa desde que fundou a Huawei há 26 anos, o que tem alimentado críticas por parte de algumas autoridades estrangeiras de que a empresa não é transparente sobre suas atividades. A empresa também foi acusada de ser muito próxima do governo chinês. A Huawei negou qualquer ligação imprópria.
"A Huawei não tem nenhuma ligação com as questões de segurança cibernética que os EUA encontraram no passado, presente e futuro", afirmou Ren, 68 anos, a jornalistas locais na Nova Zelândia, onde a Huawei ganhou contratos para construir redes de 4G LTE e de banda larga ultra-rápida.
"Equipamentos Huawei são quase inexistentes nas redes atualmente em operação nos EUA. Nós nunca vendemos qualquer equipamento importante para grandes operadoras dos EUA, nem vendemos qualquer equipamento a qualquer agência do governo dos EUA", disse Ren.
A empresa sediada em Shenzhen, na China, é a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, ficando atrás da sueca Ericsson, mas não conseguiu vender seus equipamentos no enorme mercado dos EUA devido a preocupações sobre segurança nacional no país.
A companhia de US$ 35 bilhões, que também é a quinta maior fabricante de celulares inteligentes do mundo, também tem sido barrada em contratos de fornecimento de equipamentos para redes dos governos da Austrália e Canadá.
Em outro esforço da companhia para ser mais aberta, a filha de Ren, Cathy Meng, vice-presidente financeira da Huawei, concedeu sua primeira entrevista coletiva no início deste ano para anunciar os resultados de 2012 da empresa.