O Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês) dos Estados Unidos disse nesta quinta-feira que hackers haviam roubado informações sensíveis, incluindo dados de seguro social, de cerca de 21,5 milhões de pessoas que passaram por checagens de antecedentes para obter permissões de segurança desde 2000.
Entre as pessoas expostas estão 19,7 milhões que se candidataram para essas permissões, além de 1,8 milhão de não candidatos, a maioria cônjuges ou pessoas que moravam junto com elas, disse a agência estatal.
As 21,5 milhões de pessoas afetadas somam-se aos cerca de 4,2 milhões de atuais e ex-funcionários federais que tiveram seus dados roubados num incidente separado, mas relacionado. Há uma coincidência significativa entre os dois grupos.
Os EUA identificaram a China como principal suspeito no grande ataque hacker da agência do governo norte-americano, uma afirmação que o governo chinês classificou como "lógica absurda".
Os incidentes ultrajaram membros do Congresso e preocuparam os milhões de norte-americanos afetados desde que foram revelados no mês passado. Alguns parlamentares pediram pela renúncia de Katherine Archuleta, diretora do OPM.
A agência informou em nota que sua investigação não havia descoberto informações "neste momento" que sugerissem qualquer uso indevido ou disseminação da informação roubada de seus sistemas.
Os registros roubados continham informações sobre a saúde mental e históricos financeiros das pessoas. O OPM disse não haver provas de que sistemas separados que armazenam registros de saúde, finanças, pagamento e de aposentadoria haviam sido invadidos.