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Guerra de Nova Geração na Ucrânia. Colapso da Capacidade de Resistência.


Guerra de Nova Geração na Ucrânia.
Colapso da Capacidade de Resistência

          


Os preceitos da guerra mudaram cardinalmente. No que
tange aos objetivos estratégicos e políticos, a eficácia das
‘ferramentas não-militares’ ultrapassa a das armas.

General-de-Exército Valery Gerasimov (2013)*

                                                                                     Dr. Frederico Aranha
                                       aranha.frederico@gmail.com

 
              
Os pensadores políticos e militares russos estudam há muito as profundas mudanças que vêm alterando a natureza da guerra e o surgimento de novas formas de combate e conflitos. Os primeiros trabalhos de relevo sobre o tema da guerra moderna na União Soviética, inspiradores da produção de doutrina ao longo da segunda metade do século XX e atualmente, são do Brigadeiro Comandante Georgy Isserson, Mestre da Academia Militar Frunze – The Evolution of Operational Art, em 1932, e The Fundamentals of the Deep Operation, em 1933, (disponíveis em http://usacac.army.mil). É um conjunto de doutrina sofisticado de como o Exército Vermelho pode atacar e romper a defesa inimiga e avançar em grande profundidade. Enfático quanto ao emprego de armas combinadas, especialmente as mecanizadas, ponderou num pequeno livro New Forms of Combat [2] que (…) A guerra em geral não é declarada. Simplesmente começa com todas as forças nacionais (militares ou não) disponíveis para a luta. Mobilização e concentração não pertencem ao período posterior ao início do estado de guerra, como no caso de 1914, mas, ao contrário, antecedem em muito.

Outro destacado pensador é o Comandante Divisional Aleksandr Svechin, considerado o Clausewitz russo, autor da importante obra Strategy (disponível em Kindle/Amazon). Ensina que (…) É extraordinariamente árduo predizer as condições da guerra. Para qualquer guerra é necessário traçar uma linha própria para a condução da estratégia. Cada guerra é um caso único, demandando a aplicação de lógica particular e não a de alguma ordem geral. Por causa da sua independência intelectual e política, foi condenado em 1931 a cinco anos de trabalhos forçados. Reabilitado em 1932, chefiou a Agência de Inteligência do Estado-Maior do Exército e foi Professor na Academia do Estado-Maior do Exército. Por ordem direta de Stalin foi incluído na lista de morte nº 107 e fuzilado em 29 de julho de 1938. Interessante artigo do Professor de História Militar David R. Stone da Universidade Estadual do Kansas, USA – Misreading Svechin: Attrition, Anihilation and Historicism, analisa o trabalho de Svechin (V. The Journal of Military History, #76, 07, 2002).

O objetivo desta memória não é oferecer uma visão total da evolução do pensamento militar russo, porém registrar aspectos significativos que emergiram da conflagração desencadeada na Ucrânia, em 2014.

1. No livro If War Comes Tomorrow? The Contours of Future Armed Conflict [3], de 1995, o General russo Makhmut Gareev afirma que o progresso tecnológico transformou completamente a arte da guerra, sobretudo em relação aos efeitos do armamento convencional, com o aparecimento de novos tipos de sistemas de armas. Em função do aumento do alcance dos sistemas de mísseis e de artilharia, prediz que o território inimigo pode ser atacado em profundidade.  Aponta também que o desenvolvimento tecnológico torna os meios e métodos da guerra de informação muito mais sofisticados – novos sistemas de computação e comunicação possibilitam uma rápida coleta de informações e reação imediata, e até preventiva.

Classifica a guerra de informação como elemento decisivo nos atuais e futuros conflitos armados. Prega o amplo emprego da guerra eletrônica com o objetivo de desestabilizar as comunicações, os sistemas de radar e as ações de controle e comando do inimigo. Enfatiza que os novos métodos da “luta da inteligência” são capazes de conduzir o conflito não a um ataque armado direto, mas transformá-lo em guerra latente, não declarada e secreta. Gareev advoga o uso e confia plenamente na tecnologia do tipo state of artpara vencer um conflito convencional contra a NATO e países vizinhos. Esta guerra não aconteceu e provavelmente não ocorrerá nos moldes preconizados por ele.

Icônica foto com o General Valery Gerasimov ao centro e os demais comandos, inclusive as agências de segurança interna e inteligência o circundando.
Foto tirada em reunião de Estado-Maior  durante a Operação Center-2015.
Foto – MOD Rússia

2. Ideias inovadoras sobre os próximos conflitos armados foram ampliadas noutra direção pelo General-de-Exército Valery Gerasimov em artigo intitulado A Importância da Ciência na Sintomatização. Novos Desafios Exigem o Reestudo dos Tipos e Métodos de Guerra, divulgado no jornal eletrônico VPK [4], em 2013. Diz ele, no introito: Assistimos no século XXI a uma tendência de suprimir as linhas de separação dos estados de guerra e de paz. As guerras não mais são declaradas e, uma vez iniciadas, comportam-se de acordo com um modelo não-familiar. A experiência dos conflitos militares – inclusive aqueles conectados às assim chamadas “revoluções coloridas” no norte da África, Oriente Médio e Eurásia – confirmam que um Estado normalmente próspero pode, em questão de meses e até dias, transformar-se numa arena de ferozes conflitos armados, tornar-se vítima de intervenção estrangeira e afundar num mundo de caos, catástrofe humanitária e guerra civil.Sugerindo como modelo a “Primavera Árabe”, formulou um modo singular de guerra a que denominou “Guerra de Nova Geração”, concentrada no emprego combinado da força militar com a diplomacia, economia, política e outras ações não-militares, ao invés de travar uma guerra aberta.

A inspiração, tem duas razões de ser: a primeira é que os russos acreditam sinceramente que a “Primavera Árabe” – bem como as “revoluções coloridas” na Eurásia pós-soviética, são produto das tecnologias políticas engendradas pelo Ocidente, sobremodo pelos EEUU, para alterar os regimes políticos vigentes. Vistas por esse ângulo, essa revoluções, detonadas graças a falências governamentais, dão razão à pregação de Gerasimov de que na quadra atual é assustadoramente fácil abalar a soberania dos Estados e sua capacidade de auto governança; segunda, é o clássico hábito russo, desde a era soviética, de usar alegoricamente as estratégias e experiências de outros países para falar das suas próprias.

Quando aludem aos meios da guerra política do Ocidente ou dos EEUU, na verdade estão dizendo como a Rússia planeja lutar e vencer tais conflitos, mas de um jeito que afaste a possibilidade de serem rotulados como “bandidos”. Gerasimov prossegue recomendando o uso discreto de forças paramilitares e de unidades de insurgentes civis e sublinha a necessidade de confiar em métodos indiretos, assimétricos.

Reforça a ideia de atingir alvos pré-determinados atrás das linhas inimigas e de destruir a infraestrutura vital do inimigo, tanto as frações militares como as civis, de preferência em curto espaço de tempo. Enfatiza o emprego maciço de forças especiais e de sistemas de armas robotizados, drones, por exemplo. Adverte que as forças militares regulares somente sejam acionadas nas fases finais do conflito, já como autodenominadas “Força de Manutenção da Paz” ou como “Força de Administração de Crises”.  (Nota DefesaNet – Algumas vezes é chamada de Guerra Não Linear e nos círculos militares Ocidentais adotado como “Doutrina Gerasimov”)

3. Desde então, teóricos militares russos discutem com grande interesse a pluralidade da “Guerra de Nova Geração”. Sergei Chekinov e Sergei Bogadnov em The Nature and Content of a New-Generation War [5] analisaram as proposições de Gerasimov e elaboraram uma exposição detalhada da arte da guerra de nova geração. Os autores consideram a 3ª Guerra do Golfo como o primeiro conflito desse gênero da história e utilizam-na para ilustrar suas teses acerca das características desse tipo de guerra, paralelamente ao conceito geral da Network-Centric Warfare [6]. Concordam com Gerasimov em prestigiar as ações assimétricas combinadas com campanhas de ordem política, econômica, tecnológica, ecológica, de informação e contrainformação, visando neutralizar a superioridade militar do inimigo. Encarecem explicitamente a necessidade do emprego maciço de ferramentas não militares antes e durante o confronto armado. Arrolam a mídia, as organizações religiosas, instituições de ensino e culturais, ONGs, os movimentos políticos financiados do exterior e especialistas pesquisadores de assuntos internacionais (intelectuais) como possíveis participantes de ataque coordenado contra o país-alvo.

4. Descrevem as fases que compõem o início da nova arte da guerra com tal precisão que merecem atenção, valendo a pena comentá-las. Dividem a guerra em dois períodos, irrupção e encerramento ou suspensão (eufemismo para justificar um conflito de baixa intensidade permanente). O primeiro período começa com campanhas não-militares de alta intensidade lançadas coordenadamente contra o país alvo, incluindo medidas diplomáticas, econômicas, ideológicas, psicológicas e de informações. Paralelamente, uma pesada “guerra” de propaganda e contrapropaganda é direcionada à população civil com o objetivo de debilitá-la, provocando com isso descontentamento vis-à-vis o governo central, bem como de minar o moral das forças armadas e das forças de segurança pública.

Preconizam a infiltração de agentes secretos providos de fundos consideráveis, armamento e outros equipamentos, aptos a praticar ataques terroristas, conduzir atos de provocação e criar o caos e a instabilidade. Recomendam a convocação de militantes internacionais para intensificar atos subversivos. O segundo período é marcado pela atuação de forças militares regulares, a que se pode chamar de intervenção. De acordo com o entendimento ocidental, a assim denominada Guerra de Nova Geração não pode ser classificada exatamente como Guerra Híbrida. Esta, trata do modus operandi,ao passo que aquela é uma doutrina (de Gerasimov) que enfeixa um espectro de capacidades.

O criador da expressão, Coronel Frank Hoffman, da Universidade de Defesa Nacional dos EEUU, define a ameaça híbrida como, qualquer adversário que emprega simultaneamente uma associação de sistemas de armas convencionais, táticas irregulares, terrorismo e atividades criminosas, ao mesmo tempo e no mesmo campo de batalha, para alcançar seus objetivos políticos. [7]. Ocorre que sob a perspectiva russa, uma abordagem da guerra que combina diferentes tipos de projeção de poder não é em si mesma uma novidade estratégica – guerras modernas são em síntese praticadas usando uma combinação das várias forças do poder nacional.

5. Devido à disfunção do sistema soviético e ao colapso pós-soviético, muitos elementos do poder nacional da Rússia estavam significativamente anacrônicos, anêmicos ou ineficientes, inclusive o militar. Mesmo assim, Moscou reconhece há muito a prevalência da projeção do poder combinado nos conflitos na sua periferia e globalmente. A Doutrina Militar Russa de 2010, descreve a guerra moderna como o emprego integral da força militar e de forças e recursos de caráter não militar e o acionamento prévio de medidas de guerra da informação visando alcançar objetivos políticos sem a utilização da força militar; e subsequentemente incentivar uma resposta favorável (ou pífia, ou indiferente)da comunidade internacional para o emprego de força militar. [8]. Em dezembro de 2014, o Presidente Putin aprovou uma nova versão do documento de 2010. As alterações são de caráter editorial na sua maioria.

Como é usual na Rússia com esse tipo de documento, a ameaça du jouré veladamente a Ucrânia (no anterior a NATO), assim configurada – estão em implementação em países vizinhos regimes que praticam políticas contrárias aos interesses russos, inclusive pela derrubada de governos legítimos. Curiosamente (mas não surpreendentemente) o documento arrola táticas empregadas pela Rússia na Ucrânia – o uso de forças especiais e tropas irregulares (milícias) e o aproveitamento do potencial da população de realizar protestos, entre outras práticas dos conflitos militares modernos. [9]

6. Em fevereiro de 2014, a Rússia iniciou a ações ofensivas na Ucrânia, começando pela ocupação e anexação da Criméia e prosseguindo com a invasão da região industrial Donbass[11] no leste do país.  Na Criméia, principiou como uma operação militar discreta, combinando ambiguidade, contrainformação e o elemento surpresa no nível operacional com apoios convencionais como a guerra eletrônica e movimentos populares pró Rússia na região. A anexação completou-se por uma invasão militar convencional – forças aerotransportadas, infantaria naval e brigadas motorizadas foram empregadas. A operação foi única, porquanto a Base Naval russa de Sebastopol, o status do dispositivo das forças russas na Criméia e o acordo com a Ucrânia, prevendo o trânsito de unidades e equipamentos, possibilitaram a execução de deslocamentos e táticas que de outra forma não seria possível. Essa operação, sabe-se, dificilmente será reproduzida em outros teatros.    

7. A anexação da Criméia foi antecedida por uma formidável operação midiática – “ferramenta não-militar” – deflagrada pelas redes de rádio e televisão da Rússia durante mais de um ano, especialmente agressiva no mês que precedeu a ocupação. O resultado no moral e sentimento nacional ucraniano foi devastador – Chekinov e Bogadnov (cit.) falam em “nocaute eletrônico”. Pesquisas processadas após a anexação constataram que 84% dos ucranianos e russos da Criméia apoiam a integração à Rússia. O mote principal da campanha de propaganda e contrapropaganda baseou-se na suposição de que as etnias russas eram cidadãos de segunda classe na Ucrânia. Paralelamente, a exaltação de Sebastopol “A Cidade Gloriosa” de duas guerras – a da Criméia no século XIX e a IIª Guerra Mundial, e a exigência de sua volta ao regaço da “Mãe Rússia”. As mesmas pesquisas no leste ucraniano mostraram que 85% da população da região se considera não-europeia.

Esse estado de espírito popular sem dúvida legitimou o apoio russo às milícias locais dos chamados “Estados Separatistas”, na verdade bandos de veteranos russos e ucranianos a que se somam civis ucranianos e russos da fronteira opositores do governo de Kiev e mercenários pagos pela Rússia, como é o caso, entre outros, dos “Cossacos da Federação” que compõem um batalhão oficialmente desdobrado como Guarda-Civil com “missão policial” [12]. Tanto as milícias como os mercenários são comandados por altos oficias russos do GRU [13]. O equipamento pessoal e o pesado é todo russo, o mais atualizado, inclusive o sistema de defesa antiaérea BUK (empregado no ataque ao avião da Malaysia). Fala-se em cerca de 500 carros de combate, 400 sistemas de artilharia e mais de 950 viaturas blindadas fornecidos. Há uma trégua em vigor, porém desrespeitada insistentemente.

Conclusão

O renomado Professor Mark Galeotti [14] defende a ideia de um tipo de guerra a que ele chama de “Guerra Não-Linear” pois, segundo ele, não quer dizer muita coisa e não carrega a bagagem intelectual do termo “Guerra Híbrida” que, afinal de contas, se destina a discutir como a insurgência luta contra exércitos modernos.  Considera como tal a “Guerra de Nova Geração” proposta pela “Doutrina Gerasimov”, pois enfeixa um espectro de competências que vão desde a dissuasão moderada à pressão econômica, ao incremento de medidas diplomáticas e à intensificação de operações militares que podem envolver desde o envio de 10 homens para interditar uma ponte a cem homens para fomentar e apoiar um levante local, e 10.000 soldados para promover a guerra total.

O emprego dessas ferramentas não-militares e militares pode e deve ser simultâneo, ao invés de separadamente. De certo modo, é submeter a guerra ao controle do Estado moderno, tornando-a um instrumento aceitável aos olhos do povo russo e oferecendo a certeza de que os formuladores da grande estratégia e os executores dela percebam seu impacto político.

Galeotti diz quenão se trata mais de contar o número de baixas infligidas ao inimigo, ou o número de ataques aéreos lançados, todas essas estatísticas que hoje substituem o sucesso militar como indicador. É o retorno ao resultado político e o emprego da força armada como instrumento político.Não significa um novo meio de praticar a guerra, mas sobremaneira um modo de fazer guerra num mundo novo. Ocorre que a guerra tradicional, sobretudo entre potências mais avançadas, é hoje inaceitável em termos de custos diretos – humanos, econômicos e custos políticos.

Há uma guerra de baixa intensidade entre Rússia e Ucrânia, prevista na fase final do conflito, cognominada “suspensão”, porém é possível tomar um avião em Moscou e voar para Kiev. Há comércio entre os dois países através da fronteira, legal e acentuadamente ilegal. As operações no leste da Ucrânia têm algumas características de Guerra Híbrida: emboscadas praticadas de parte a parte, incursões tipo comandovisando instalações policiais e militares, assaltos a centros de suprimento, curtos duelos de artilharia leve diariamente e atividades criminosas, somadas a outras que fogem dessa rotulagem. Pelo que foi visto, parece que a expressão Guerra de Nova Geração é mais adequada.

Vivemos num mundo no qual a velha noção de guerra, como um processo binário, em que se está em guerra ou em paz, não mais vigora: de um lado a guerra tradicional é uma ferramenta em desuso; de outro, o fato de que as sociedades contemporâneas estão avessas às perdas de qualquer natureza, mormente as humanas. Mesmo a Rússia – não é mais a União Soviética de Stalin – não pode tratar a população como bucha de canhão. (Porto Alegre, 15 de setembro de 2015)      
  
Valery Vasilevich Gerasimov – Oficial de Carreira do Exército Soviético/Russo, Arma de Blindados. Graças à excelente formação intelectual e profissional ascendeu rapidamente aos mais altos postos; comandou grandes unidades, entre elas o 58º Exército, durante a Guerra da Chechênia, e importantes Distritos Militares – os do Norte do Cáucaso, de Leningrado, Moscou e o Distrito Militar Central até 2012 (O Distrito Militar pode abrigar mais de um Exército). Pertence ao quadro do Estado-Maior Geral desde 2010. Atual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa e Primeiro Vice-Ministro da Defesa da Rússia.  

 

Nota DefesaNet

Recomendamos aos leitores a matéria sobre a Manobra Center-2015.

O Ministério da Defesa da Rússia realizou nos dias 14 a 20 de Setembro a Monobra Center-2015. A maior em várias décadas envolveu 95.000 militares e diversos ambientes operacionais.

Conduzidas pessoalmente pelo General-de-Exército Valery Gerasimov, onde pode aplicar e desenvolver os conceitos da "Guerra de Nova Geração".

Rússia – Manobras Center-2015 Doutrina Gerasimov? Setembro 2015 Link

Uma matéria de Junho de 2013 detalha um pouco da Doutrina Gerasimov

Rússia – O retorno das Forças Especiais Junho 2013 Link

 

NOTAS

[1]. Veículo de Combate de Patrulha/Reconhecimento (Boyevaya Razvedyvatelnaya Dozornaya Mashina), fabricação russa. Armamento primário: metralhadora pesada KPV, calibre 14,5 mm; secundário: metralhadora leve coaxial PKT/PKP, calibre 7,62 mm.

[2]. Citado por Valery Gerasimov no artigo A Importância da Ciência na Sintomatização. Novos Desafios …

[3]. GAREEV. M. If War Comes Tomorrow? The Contours of Future Armed Conflict. Abington: Routledge, 1998.

[4]. http://vpk-news.ru/sites/default/files/pdf/VPK_08_476.pdf

[5]. http://eastviewpress.com/Main/Home.aspx

[6]. Os conceitos de netwar e cyberwarabrangem um novo espectro do conflito que emerge na esteira da revolução da informação. Netwarcompreende conflitos travados por terroristas, criminosos, gangues, milícias e extremistas étnicos e religiosos, ao lado de ativistas membros da sociedade civil (por exemplo, hackers e manifestantes que protestam contra o governo). O que distingue a netwaré a estrutura organizacional dispersa dos seus praticantes — muitos deles sem comando formal — e a velocidade com que se reúnem para ações em massa empregando redes tele informatizadas. Para confrontar esse novo tipo de conflito, é crucial que os governos, os militares e o aparato de segurança pública se organizem e atuem da mesma forma. Desnecessário, pois, um rearranjo estatal para confrontar essas ditas guerras modernas, bastando administrar e operar os recursos à mão com inteligência.

[7]. Frank Hoffman, On Not-So-New Warfare: Political Warfare VS. Hybrid Threats, War on the Rocks(blog), July 28, 2014, http://warontherocks.com

[8]. O texto traduzido está disponível em The Military Doctrine of the Russian Federation, February, 2010, www.ndc.nato.int

[9]. Texto integral e comentários em http://topwar.ru

[10]. BMP-2 (Boyevaya Mashina Pekhoty): viatura blindada aerotransportada ou lançada de paraquedas; dotação regular (exclusiva) das unidades paraquedistas russas. Armamento primário: canhão automático, calibre 30 mm; armamento secundário: metralhadora PKTM, calibre 7,62 mm.

[11]. Donbassou Donbasé uma região histórica, cultural e econômica do leste da Ucrânia. A palavra Donbass se refere à Bacia do Donets, rio que banha o território.

[12] Comandante cossaco Nikolai Kozitsyn (C), naturalidade russa, codinome Daddy,na cidade de Debaltsye, importante entroncamento ferroviário no leste ucraniano, tomada pelos “separatistas” apoiados pelos russos em 15 de fevereiro de 2015, após várias semanas de violentos combates.

[13] Sigla do “Diretório Central de Inteligência do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa”. O GRU é a maior agência de inteligência da Rússia; dispõe de um contingente de agentes no exterior muitas vezes maior do que o SVR (sucessor da KGB), e tem sob seu comando cerca de 25.000 homens das Forças Especiais Spetsnaz.

[14] Diretor do Center of Global Affairs, Universidade de Nova Iorque, mestre em crimes transnacionais e assuntos de segurança e militares da Rússia. Escritor prolífico tem inúmeras obras entre as quais se destacam Afghanistan, The Last Soviet Union War (1995), Gorbachev and his Revolution (1997), Russian and Post-Soviet Union Organized Crime (2002). Colaborador das publicações Jane’s Inteligence Review, Oxford Analytica, e do jornal The Moscow News. Pode ser consultado em:
http://www.scps.nyu.edu/about/newsroom.html
 
Fontes de Consulta

http://www.fiia.fi
http://www.kommentar.info.hu
http://marxists.org
https://calhoun.nps.edu   
http://smallwarsjournal.com/ 
http://www.todayszaman.com/home
http://www.kyvpost.com/  
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/ukraine/
http://www.theguardian.com/world/ukraine
https://niss.academia.edu
http://scientiamilitaria.journals.ac.za/pub/index
http://samilitaryhistory.org/journal.html
http://www.jcs.mil/Portals/36/Documents/Publications/2015_National_Military_Strategy.pdf
http://foreignpolicy.com/2015/07/06/how-to-read-the-new-national-military-strategy/
https://inmoscowsshadows.wordpress.com/     
http://ukrainianpolicy.com/

 

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