O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira a ruptura das relações diplomáticas com o Panamá, assim como o congelamento das relações econômicas entre os dois países.
"Decidi romper relações políticas e diplomáticas com o governo atual do Panamá e congelar todas as relações comerciais e econômicas a partir deste momento", declarou Maduro em um ato de homenagem ao ex-presidente Hugo Chávez, morto há um ano.
Maduro fez estas declarações depois que o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou que estudará nesta quinta-feira uma solicitação do Panamá para convocar uma reunião de consulta dos chanceleres sobre a situação da Venezuela.
O líder venezuelano rotulou o governo do Panamá de "lacaio" e dirigiu duras palavras contra o presidente, Ricardo Martinelli, a quem acusou de não ser "digno de seu povo" e de ter estado "ativamente agindo contra a Venezuela, criando condições para que a OEA e outros organismos abram passagem para uma intervenção" no país sul-americano.
"Ninguém vai conspirar impunemente contra nosso país para pedir uma intervenção contra nossa pátria ", gritou em uma jornada marca pelos atos de homenagens a Chávez, nos quais participaram os presidentes de Cuba, Raúl Castro; Nicarágua, Daniel Ortega, e da Bolívia, Evo Morales.
O presidente venezuelano fez o anúncio perante o caixão de Chávez no dia em que se lembra o primeiro aniversário da morte do criador do "Socialismo do Século XXI", no Quartel da Montanha, em Caracas.
A Venezuela atravessa uma onda de protestos desde o último dia 12 de fevereiro, que terminaram em incidentes violentos nos quais morreram 19 pessoas.