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Governo alemão define missão contra o “Estado Islâmico”

O governo alemão definiu nesta terça-feira (1º/12) como será a missão da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) contra o grupo terrorista "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque. O projeto segue agora para votação no Bundestag (câmara baixa do Parlamento), onde o governo tem ampla maioria.

O plano prevê o envio de 1.200 militares e se refere à participação nos ataques aéreos ao "Estado Islâmico". A Alemanha vai colaborar com aviões de reconhecimento do tipo Tornado , um navio de guerra que ajudará na segurança de um porta-aviões francês e um avião-tanque.

Como é usual nesses casos, a missão tem um mandato inicial de um ano. O custo estimado é de 134 milhões de euros. A planejada atuação da Bundeswehr é uma resposta aos ataques terroristas de 13 de Novembro em Paris.

Se aprovada, essa será a maior missão militar que a Alemanha mantém no exterior atualmente. Os líderes dos partidos que formam a coalizão de governo ainda não se manifestaram sobre o projeto. O partido de oposição A Esquerda disse que vai votar contra, e também setores do Partido Verde devem rejeitar a proposta.

O presidente do Deutscher Bundeswehrverband, associação que reúne os funcionários e militares das Forças Armadas, estima que o combate ao "Estado Islâmico" vá durar bem mais do que dez anos. Em entrevista à emissora ARD, ele lembrou que o grupo não está presente apenas na Síria e no Iraque, mas também no norte da África.

Para ele, ataques aéreos não bastam para derrotar o grupo, sendo necessária também a presença de tropas terrestres.
 

Alemanha descarta cooperação com Assad na luta contra Estado Islâmico¹

A ministra da Defesa da Alemanha descartou nesta terça-feira qualquer cooperação entre as forças alemãs que irão participar da campanha militar contra o Estado Islâmico na Síria e o presidente sírio, Bashar Al-Assad.

Falando pouco antes do gabinete alemão buscar aprovação para o envio de caças, aeronaves de reabastecimento, uma fragata e até 1.200 militares à região, a ministra Ursula Von Der Leyen defendeu os planos.

"O importante é: não haverá cooperação com Assad e nenhuma cooperação com tropas sob seu comando", disse Ursula à emissora ARD.

No entanto, isso não exclui a possibilidade de incluir alguns países que estão atualmente aliados a Assad em uma solução a longo prazo para o país, disse.

"Precisamos evitar o colapso do Estado da Síria", afirmou a ministra, acrescentando que erros cometidos no Iraque, quando grupos que eram leais a Saddam Hussein foram excluídos de participar do sistema político após a derrota do líder, não deveriam ser repetidos.

"Deixe-me ser clara – não haverá futuro com Assad", destacou.

¹com Reuters

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