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General dos EUA compara teste de míssil hipersônico chinês com lançamento do Sputnik

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse nesta quarta-feira (27) que o último teste chinês de um míssil hipersônico que circundou a Terra é um acontecimento similar ao lançamento do Sputnik, o primeiro satélite artificial do mundo, pela União Soviética em 1957, que marcou o início da corrida espacial.

Milley confirmou pela primeira vez o teste chinês de um míssil com capacidade nuclear do qual seria muito difícil se defender. "O que vimos foi um evento muito significativo de uma prova de um sistema de armas hipersônicas. E isso é muito preocupante", disse o militar à Bloomberg TV.

"Não sei se é um grande momento como [lançamento] do Sputnik, mas acho que é algo muito próximo disso", afirmou. "É um feito tecnológico bastante significativo que ocorreu… e tem toda a nossa atenção".

Anteriormente, o Pentágono havia se negado a confirmar o teste, que foi noticiado pela primeira vez pelo jornal Financial Times, em 16 de outubro. A publicação afirmou que a manobra realizada em agosto tinha causado surpresa aos Estados Unidos.

O míssil circundou a Terra a baixa altitude com uma velocidade cinco vezes maior que a do som, mas acabou errando o seu alvo por uma diferença de mais de 30 quilômetros, segundo o Financial Times

A China, por sua vez, negou a informação, e disse que a manobra foi um ensaio de rotina de um veículo espacial reutilizável.

Os foguetes hipersônicos são a nova fronteira da tecnologia de mísseis, porque voam mais baixo, o que os torna mais difíceis de se detectar que os projéteis balísticos. Além disso, eles podem alcançar seus alvos mais rapidamente e são manobráveis, o que os faz mais perigosos, em particular se estão carregados com ogivas nucleares.

Até o momento, Estados Unidos, Rússia, China e Coreia do Norte já realizaram testes com mísseis hipersônicos, enquanto diversos outros países estão em processo de desenvolvimento dessa tecnologia.

A China apresentou em 2019 o míssil hipersônico DF-17, que tem alcance médio, de aproximadamente 2.000 quilômetros, e pode transportar ogivas nucleares.

Contudo, o míssil mencionado na reportagem do Financial Times é diferente, com maior alcance e capaz de entrar em órbita antes de retornar à atmosfera para alcançar seu alvo.

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