Equipe DefesaNet
A crise política do Brasil e o desmonte dos grandes investimentos brasileiros feitos pelo governo Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT, na África, com empresas nacionais hoje envolvidas em enormes escândalos de corrupção, afastou de vez a interferência brasileira nas áreas militares de diversos países alinhados ao Brasil.
Com o fim da enxurrada de investimentos brasileiros, a realidade africana passou a ser outra. Agora os países buscam por novos parceiros mais estáveis e que não gerem conflitos ideológicos. Angola está sendo uma das primeiras, assim como Moçambique, a buscar parecerias mais consistentes e seguras.
A agência de notícias Africa 21, trouxe no último dia 24 de outubro a informação dos avanços nas negociações pelo embaixador francês acreditado em Angola, Sylvain Itté, com o governo angolano. Na saída de um encontro com o ministro da Defesa Nacional, Salviano Sequeira, com quem abordou aspectos ligados aos mecanismos desse protocolo, que está em fase final de conclusão.
O acordo inclui as áreas de manutenção de paz e organização das forças para essa finalidade e da segurança marítima no Golfo da Guiné. Aproveitou a ocasião para tratar com o governante angolano questões ligadas às regiões central e austral de África, e outras de interesse comum para as forças armadas de ambos os países.
Angola e França cooperam nos domínios da defesa, agricultura e turismo, além dos petróleos, indústria, educação, construção civil, cultura, ciência, tecnologia e formação universitária. As relações políticas e diplomáticas iniciaram em Fevereiro de 1976, ano em que a França reconheceu a independência de Angola. Mas ultimamente o Brasil surgia como a principal liderança estrangeira no alinhamento de questões estratégicas.
O encontro em Luanda mostrou que as repúblicas de Angola e da França devem expandir o acordo de cooperação no setor da defesa e segurança, no quadro do fortalecimento das relações entre os dois estados. Com isso o Brasil estará praticamente sendo deixado de lado.