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França eleva nível de ameaça à segurança para patamar mais alto, diz premiê

A França elevou o nível de alerta de segurança para o patamar mais alto depois do ataque a faca na cidade de Nice, disse o primeiro-ministro do país, Jean Castex, nesta quinta-feira.

Castex também disse à Assembleia Nacional do país que a resposta do governo ao ataque será firme e implacável.

Polícia da França mata homem que ameaçou pedestres com arma

A polícia francesa matou um homem em Montfavet, perto da cidade de Avignon, no sul da França, depois que ele havia ameaçado pedestres com uma arma, informou a polícia, confirmando relatos da mídia.

De acordo com a emissora de rádio francesa Europe 1, o homem gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande).

Três morrem e mulher é decapitada em ataque a igreja na França

Um agressor com uma faca gritando “Allahu Akbar” decapitou uma mulher e matou outras duas pessoas em um possível ataque terrorista em uma igreja na cidade francesa de Nice nesta quinta-feira, disseram a polícia e autoridades.

O prefeito de Nice, Christian Estrosi, que descreveu o ataque como terrorista, disse no Twitter que ele aconteceu perto da igreja de Notre Dame da cidade.

Estrosi disse que o agressor gritou repetidamente a frase “Allahu Akbar”, ou Deus é grande, mesmo depois de ser detido pela polícia.

Acredita-se que uma das pessoas mortas dentro da igreja era o diretor do templo, disse Estrosi, acrescentando que uma mulher havia tentado escapar de dentro da igreja e se escondeu em um bar em frente ao prédio.

“O suspeito de agressão com faca foi baleado pela polícia quando estava sendo detido, ele está a caminho do hospital, ele está vivo”, disse o prefeito a jornalistas.

“Já basta”, disse Estrosi. “Está na hora da França se exonerar das leis da paz para definitivamente erradicar o fascismo islâmico de nosso território.”

Jornalistas da Reuters no local disseram que policiais armados com armas automáticas estabeleceram um cordão de segurança ao redor da igreja, que fica na avenida Jean Medecin, principal via comercial de Nice. Ambulâncias e viaturas dos bombeiros também estavam no local.

Estrosi disse que o presidente da França, Emmanuel Macron, visitará Nice.

Em Paris, parlamentares na Assembleia Nacional observaram um minuto de silêncio em solidariedade às vítimas.

A polícia confirmou que três pessoas morreram no ataque e várias ficaram feridas. O departamento da procuradoria anti-terrorismo da França disse ter recebido uma solicitação para investigar o caso.

Uma fonte policial disse que uma mulher foi decapitada. A política de extrema-direita Marine Le Pen também falou que uma decapitação ocorreu no ataque.

Estrosi disse que as vítimas foram mortes “de forma horrível”.

“Os métodos batem, sem dúvida, com aqueles usados contra o valente professor de Conflans Sainte Honorine, Samuel Paty”, disse ele, referindo-se ao professor francês decapitado neste mês em um ataque nos subúrbios de Paris por um homem de origem chechena que queria se vingar do uso pelo professor de uma charge do Profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão.

Homem saudita é preso em Jeddah após ataque à faca contra guarda em consulado francês

Um homem saudita foi preso na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho, após atacar e ferir um segurança com uma “ferramenta afiada” no consulado francês nesta quinta-feira, informou a polícia local.

Um comunicado da polícia da região de Meca disse que o guarda sofreu “ferimentos leves” e que uma “ação legal” estava sendo movida contra o homem.

A embaixada francesa afirmou que o consulado foi sujeito a “um ataque com faca que visou um guarda”, acrescentando que o segurança foi levado ao hospital e que não corre risco de morrer.

“A embaixada da França condena veementemente este ataque contra um posto diplomático que nada poderia justificar”, informou a agência em um comunicado.

O ataque ocorreu depois que um homem com uma faca, que gritava “Allahu Akbar”, decapitou uma mulher e matou duas outras pessoas na cidade francesa de Nice no início do dia. O prefeito de Nice descreveu o ataque como terrorismo.

A França ainda está se recuperando da decapitação de um professor escolar por um homem de origem chechena no início deste mês. O agressor disse que queria punir o professor por mostrar aos alunos desenhos do Profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
 

Desde o assassinato de Samuel Paty, as autoridades francesas reafirmaram o direito de exibir as charges por uma questão de livre expressão, e as imagens foram amplamente exibidas em passeatas em solidariedade ao professor.

Isso gerou raiva em partes do mundo muçulmano, com alguns governos acusando o presidente francês, Emmanuel Macron, de perseguir uma agenda anti-islâmica.

Na terça-feira, a Arábia Saudita condenou caricaturas ofendendo o Profeta Maomé, mas se absteve de fazer eco aos apelos de outros Estados muçulmanos por uma ação contra as imagens do profeta exibidas na França.

 

 

 

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