Os hackers envolvidos no ataque ao sistema de computadores do FMI (Fundo Monetário Internacional) têm ligação com um governo estrangeiro, disse à agência Bloomberg um especialista em segurança que pediu para não ter seu nome revelado.
Ele não apontou qual governo teria patrocinado a ação, que, de acordo com ele, teve acesso "a uma grande quantidade" de dados.
O ataque ao sistema do Fundo, que teria começado meses atrás, foi revelado anteontem pelo "New York Times" e confirmado pela entidade, que, no entanto, não divulgou mais detalhes.
O FMI tem em seus sistemas informações sigilosas sobre a situação financeira dos seus 187 países-membros, o que o torna um alvo atraente para hackers.
Como disse uma autoridade do Fundo ao "New York Times", dados sobre os acordos de resgate a Portugal, Irlanda e Grécia, se divulgados, podem ser "dinamite política em vários países".
O ataque ao FMI levou o Banco Mundial a cortar o sistema que permite que as instituições compartilhem informações pelo computador.
A revelação da ação contra o Fundo ocorre logo após Google, Sony e Citigroup terem sido alvos de hackers.
APOIO A FISCHER
Ontem, o premiê da Autoridade Palestina, Salam Fayyad, disse que apoiaria o presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, para a chefia do FMI se participasse do processo de decisão.
Fischer lançou sua candidatura anteontem. A francesa Christine Lagarde ainda é vista como favorita ao posto
(ÁLVARO FAGUNDES)