Atualizado 15:17Horas
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff esteve reunida na manhã de hoje (22) com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, no Palácio do Planalto. O ex-presidente francês visita o Brasil a convite de uma instituição bancária privada. Ele veio fazer uma palestra e pediu audiência com a presidenta.
Nas últimas reuniões com líderes estrangeiros, a presidenta conversou sobre a crise econômica internacional e seus impactos, o papel da América Latina e o clima de tensão no Oriente Médio. Falou sobre os confrontos armados na Síria e do Líbano que, na semana passada, foi alvo de ataque com carro-bomba, que matou oito pessoas e feriu mais de 70.
Na reunião de hoje, Dilma e Sarkozy conversam acompanhados por alguns assessores. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esteve presente.
Nicolas Sarkozy, de 57 anos, foi presidente da França de 2007 até o começo deste ano. Ele perdeu as últimas eleições para o socialista François Hollande. Defensor de uma política neoliberal e severa em relação aos imigrantes, Sarkozy, segundo especialistas franceses, sofreu os impactos de suas ações consideradas discriminatórias e da crise econômica internacional.
Planalto nega Conversa sobre Caças
Em visita ao Brasil a convite do banco BTG Pactual, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi recebido na manhã desta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília. Em uma hora de encontro, ambos discutiram a agenda multilateral, mas o Planalto nega que a proposta de venda do modelo de caça Rafale ao projeto de compra de aviões militares tenha sido tratada.
Desde que deixou a presidência da França, ao perder as últimas eleições, Sarkozy vem fazendo palestras. No Brasil, além do encontro com Dilma e de uma palestra marcada para essa noite em São Paulo, o ex-presidente se encontrará com Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Sarkozy e Dilma discutiram temas internacionais como Oriente Médio, o grupo das maiores economias, desenvolvidas e emergentes, do mundo (G20), situação econômica internacional e reforma das Nações Unidas.O chanceler Antonio Patriota e o Assessor Marco Aurélio Garcia participaram da reunião.
Sem poderes, o ex-presidente defendeu e reiterou sua posição de que o País deva ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (ele já havia dado este apoio quando era chefe de Estado), e também considerou o Brasil como um líder no cenário internacional.
Os caças franceses Rafale, produzidos pela Dassault, concorrem com os F/A-18E/F Super Hornet, da americana Boeing, e com os Gripen NG, da sueca Saab, em um processo de licitação internacional para a compra de 36 aeronaves para a Força Aérea Brasileira, que está suspenso há vários meses por razões orçamentárias.