O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou confiança nesta quinta-feira de que os EUA vão prevalecer em sua luta contra o Estado Islâmico, mas disse que um fim para o conflito na Síria será chave para desmantelar o grupo.
"Não haverá cessar-fogo com relação ao Isis, continuamos a ser implacáveis na busca deles", afirmou Obama a jornalistas após reunião com o Conselho de Segurança Nacional no Departamento de Estado, usando uma sigla para o Estado Islâmico.
Turquia diz que crise de imigrantes vai piorar a menos que acabem ataques na Síria
A Turquia acredita que a crise de imigrantes vai piorar a menos que os ataques realizados pelas forças do governo sírio sejam interrompidos, disse um porta-voz e assessor do presidente turco, Tayyip Erdogan, nesta sexta-feira.
Ibrahim Kalin também afirmou, em entrevista coletiva, que o governo da Turquia deportou 3.800 pessoas como parte dos esforços de combate ao Estado Islâmico.
Grécia protesta contra acúmulo de refugiados e convoca embaixador em Viena
Às voltas com um acúmulo crescente de refugiados, a Grécia convocou seu embaixador em Viena nesta quinta-feira para protestar contra a decisão da Áustria e de países balcânicos de dificultar a passagem de imigrantes que querem seguir para o norte da Europa.
A medida incomum refletiu a revolta de Atenas por ser excluída de uma reunião de Estados balcânicos em Viena na quarta-feira com o intuito de coordenar as restrições nas fronteiras de toda a região de forma a limitar o fluxo de pessoas.
"A Grécia não irá se tornar um Líbano ou um depósito de almas", disse o ministro da Imigração, Yannis Mouzalas. O Líbano, que tem 4 milhões de habitantes, está abrigando mais de um milhão de refugiados da guerra civil na vizinha Síria.
Autoridades gregas estimaram haver 20 mil refugiados e imigrantes detidos no país como resultado das novas restrições, que tiveram início quando a Áustria anunciou, em 18 de fevereiro, que não permitirá a entrada de mais de 3.200 pessoas por dia e limitará a 80 o número de pedidos de asilo diários.
Os países europeus vêm trocando recriminações enquanto lutam com a pior crise imigratória do continente desde a Segunda Guerra Mundial. Mais de um milhão de pessoas chegaram à Europa em 2015, a maioria fugindo de conflitos em países como Síria, Iraque e Afeganistão, e mais de 100 mil aportaram na Grécia e na Itália só este ano.