Washington dará uma resposta "proporcional" à ingerência russa no processo eleitoral americano, que se manifesta, sobretudo, na invasão dos computadores do Partido Democrata – garantiu o porta-voz da Casa Branca, nesta terça-feira.
Na última sexta (7), o governo de Barack Obama acusou Moscou, abertamente, de tentar interferir na eleição presidencial, ao orquestrar o recente ciberataque a e-mails de pessoas e instituições americanas. Um misterioso "Guccifer 2.0" vazou documentos para as plataformas WikiLeaks e DCLeaks.
"Garantimos. É claro que nossa resposta será proporcional", declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a jornalistas que acompanhavam o presidente Obama no Air Force One.
"É pouco provável que anunciemos previamente" essa resposta, esclareceu.
"O presidente já evocou os importantes meios de que o governo americano dispõe para defender nossos sistemas (de informática) e também para realizar operações ofensivas em outros países", acrescentou.
A candidata democrata à Presidência dos EUA, Hillary Clinton, também havia acusado o Kremlin de jogar a favor do republicano Donald Trump.
O governo americano aposta na prudência para não gerar uma escalada fora de controle no ciberespaço, mas repete constantemente que se reserva o direito de responder por todos os meios que tiver – não apenas informáticos.
Depois de a Coreia do Norte ter-se infiltrado nos e-mails da Sony em 2004, Barack Obama respondeu com sanções econômicas contra Pyongyang.