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EUA planejam testar defesa de mísseis em meio a tensões com Coreia do Norte

Os Estados Unidos planejam realizar um novo teste de seu sistema de defesa de mísseis Thaad contra um míssil balístico de alcance intermediário nos próximos dias, disseram nesta sexta-feira duas autoridades norte-americanas à Reuters, em um momento em que as tensões com a Coreia do Norte crescem.

Apesar de estar planejado há meses, o teste de defesa de mísseis dos EUA terá maior efeito por conta do lançamento da Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental em 4 de julho, que aumentou preocupações sobre a ameaça de Pyongyang.

O teste será o primeiro do Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (Thaad) para defesa contra um ataque simulado de um míssil balístico de alcance intermediário, disse uma das autoridades. Os interceptadores do Thaad serão disparados do Alasca.

Os Estados Unidos possuem em Guam interceptadores do Thaad que têm objetivo de ajudar a proteger contra um ataque de míssil de um país como a Coreia do Norte.

As autoridades que disseram à Reuters a natureza precisa e momento do teste falaram em condição de anonimato.

Indagada pela Reuters, a Agência de Defesa contra Mísseis dos EUA confirmou que pretende realizar um voo teste do Thaad “no início de julho”.

Chris Johnson, um porta-voz da Agência de Defesa contra Mísseis, disse que o sistema de armas do Thaad no Complexo do Porto Espacial do Pacífico em Kodiak, Alasca, irá “detectar, rastrear e comprometer um alvo com um interceptador do Thaad”.

O teste é designado como "Teste de Voo Thaad-18 (FTT-18)”, disse Johnson, sem dar mais detalhes.

Em depoimento em maio ao Congresso, no entanto, o vice-almirante James Syring, então diretor da Agência de Defesa contra Mísseis, disse que o FTT-18 teria objetivo de demonstrar a habilidade do Thaad em interceptar um alvo separado de míssil balístico de alcance intermediário.

O Thaad é um sistema de defesa de mísseis em solo que defende contra mísseis de alcance baixo, médio e intermediário em estágio terminal de voo.

Syring, em seu depoimento, disse que o Thaad possuía um sucesso de 100 por cento de rastreamento em seus 13 voos até então.

EUA entregam à China esboço de resolução da ONU de novas sanções sobre Coreia do Sul, dizem diplomatas

Os Estados Unidos entregaram à China um esboço de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que pode impor novas sanções à Coreia do Norte por conta do lançamento de míssil balístico intercontinental de Pyongyang, disseram nesta sexta-feira diplomatas da ONU.

Tradicionalmente, os Estados Unidos e a China negociam novas sanções sobre a Coreia do Norte antes de envolverem formalmente outros membros do conselho. Diplomatas disseram que os EUA irão manter informados o Reino Unido e a França informalmente, enquanto a China provavelmente conversa com a Rússia.

EUA, China, Rússia, Reino Unido e França são potências permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança. EUA, Japão e Coreia do Sul concordaram nesta sexta-feira em pressionar por uma rápida resolução do Conselho de Segurança.

Na quarta-feira, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que irá propor novas sanções ao conselho de 15 membros nos próximos dias, embora a Rússia tenha dito que novas sanções não irão resolver a questão.

Um diplomata do Conselho de Segurança, falando em condição de anonimato, estava cético de que o esboço de resolução será colocado em votação rapidamente. “Tenho certeza que serão semanas, não uma semana”, disse o diplomata.

A Coreia do Norte tem estado sob sanções da ONU desde 2006 por seus programas nuclear e de mísseis. O Conselho aumentou as medidas em resposta a cinco testes nucleares e dois lançamentos de mísseis de longo alcance.

    

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